Respostas do Questionário Copom injetam dados para discussões: situação, fiscal, desde última reunião, média de expectativas, taxa Selic, variáveis fiscais, média de inflação, cenário central, Copom.
Segundo a pesquisa divulgada pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira, 79% dos analistas afirmam que a situação fiscal do país piorou desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em março. Essa avaliação reflete a preocupação com a atual conjuntura econômica, impactada por diversos fatores. A situação fiscal é um tema central nas discussões sobre a saúde financeira do Brasil.
Em contrapartida, 3% dos analistas apontaram que houve uma melhora na situação fiscal. Essa divergência de opiniões evidencia a complexidade das finanças públicas e a necessidade de ações estratégicas para garantir a estabilidade econômica do país. É fundamental acompanhar de perto os desdobramentos dessa questão para entender as perspectivas da economia brasileira a curto e médio prazo.
Situação fiscal: análise das projeções e expectativas
Nessa questão específica sobre a situação fiscal, foram contabilizados 115 respondentes que participaram ativamente. O questionário, enviado aos analistas de mercado em 25 de abril, desempenha um papel crucial na preparação para as reuniões do Copom, fornecendo subsídios valiosos para as discussões em pauta. Desde a última reunião do Copom, que resultou na redução da taxa Selic de 10,75% para 10,50% ao ano, as projeções para variáveis fiscais têm sido objeto de atenção. A mediana das expectativas apontou para um déficit primário de R$ 76 bilhões para o corrente ano, em comparação com os R$ 82 bilhões estimados anteriormente.
Olhando para o horizonte de 2025, as projeções indicam um déficit de R$ 90 bilhões. Além disso, o questionário abordou as expectativas em relação à política monetária nas próximas três reuniões do Copom, programadas para maio, junho e julho. Para a reunião mais recente, 67% dos respondentes apostaram em um corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, enquanto 32% previram uma redução de 0,5 p.p. Apenas 1% acreditava na manutenção da taxa em 10,75% ao ano.
No contexto das projeções, houve uma questão específica que solicitava a opinião dos respondentes sobre as ações que o Copom deveria adotar. A maioria esmagadora, 57%, defendeu um corte de 0,25 p.p, enquanto 41% sugeriram um corte de 0,5 p.p e 2% optaram pela manutenção da taxa. Para a reunião seguinte, em junho, 94% dos participantes previram um corte de 0,25 p.p, enquanto 5% apostaram em uma redução de 0,5 p.p e 2% acreditavam na manutenção da taxa de juros.
A discussão sobre as ações do Copom continuou, com 83% dos respondentes apoiando um corte de 0,25 p.p em junho, 13% defendendo uma redução de 0,5 p.p e 5% optando pela manutenção. Na reunião subsequente, em julho, 84% dos participantes previram outro corte de 0,25 p.p, 14% apostaram na manutenção da Selic e 2% esperavam uma redução de 0,5 p.p. No que diz respeito às projeções de inflação, a mediana dos respondentes apontou para 3,7% em 2024 e 3,62% em 2025.
Quanto à taxa Selic, as expectativas indicaram 9,75% para o final deste ano e 9% em 2025. No cenário central dos respondentes em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 31% consideraram que o viés predominante era de risco de alta em 2024, enquanto 59% viram riscos equilibrados e 9% apontaram riscos de baixa. Para 2025, 42% dos participantes previram riscos equilibrados, 54% riscos de alta e 4% riscos de baixa.
As projeções de curto prazo para o IPCA mostraram uma mediana de 0,34% em abril, 0,28% em maio, 0,17% em junho e 0,15% em julho. Em relação aos serviços subjacentes, as medianas foram de 0,35% em abril, 0,33% em maio, 0,37% em junho e 0,34% em julho. Para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a mediana das projeções foi de 2,1%, comparada a 1,8% no questionário anterior de março.
No que diz respeito ao risco predominante no cenário central dos respondentes, 50% consideraram que era equilibrado, enquanto 47% apontaram riscos de alta e 3% riscos de baixa. O questionário também explorou a evolução do ambiente externo desde a última reunião do Copom em março, destacando a importância da análise contínua da situação fiscal e econômica.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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