Advogado da família diz que faturamento dos salões ia para compra de drogas, resultando em detenção preventiva por uso de drogas e crise de abstinência no complexo prisional.
O representante legal da família de Djidja Cardoso, que faleceu na última terça-feira (28) em Manaus, emitiu um comunicado a respeito da prisão de Ademar e Cleusimar Cardoso, irmão e mãe da ex-sinhazinha do Boi Garantido. Segundo Vilson Benayon, em entrevista ao jornal O Globo, a detenção preventiva dos dois, realizada nesta quinta-feira (30), foi crucial para ‘salvar suas vidas’.
A morte de Djidja Cardoso abalou a comunidade local, especialmente a família Cardoso, ligada ao tradicional Boi Garantido. A prisão de Ademar e Cleusimar, mesmo sendo um momento difícil, foi vista como uma medida necessária para preservar a segurança de todos os envolvidos. A atuação rápida das autoridades trouxe um alívio momentâneo, mas ainda há muitos desafios pela frente para a família e os amigos de Djidja. faturamento
Djidja, Cardoso;: Família e Uso de Drogas
De acordo com Benayon, o irmão e a mãe de Djidja, Cardoso;, não foram ouvidos na audiência de custódia devido ao estado alterado pelo uso de drogas no momento da detenção. Ele ressaltou que parte significativa do faturamento dos salões Belle Femme, geridos pela família, era destinada a sustentar o vício. A solicitação inclui exames toxicológicos e internação compulsória em uma clínica de reabilitação para os dois. Ambos receberam cuidados na enfermaria do complexo prisional durante a crise de abstinência. O advogado mencionou que a situação deles mudava rapidamente, enfatizando que a prisão os resgatou da morte.
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Após o falecimento da ex-sinhazinha, a Polícia Civil do Amazonas deflagrou a Operação Mandrágora, que investiga a seita ‘Pai, Mãe, Vida’, supostamente liderada pela família dela. As investigações apontam que os participantes eram coagidos a usar ketamina em rituais. Essa substância, além de ser um anestésico, possui efeitos alucinógenos. Os mandados de prisão também abrangem três funcionários da rede de salões. Durante as buscas, foram encontradas numerosas seringas, algumas prontas para uso, e doses de ketamina.
Ademar também foi alvo de um mandado relacionado ao crime de estupro. O advogado da família esclareceu que não havia comercialização da droga por parte dos familiares, apenas para consumo pessoal. O delegado Daniel Antony, da Delegacia de Homicídios, destacou a complexidade das investigações após o falecimento de Djidja, Cardoso;. Ele mencionou a possibilidade de uso de fármacos psicotrópicos que poderiam ter contribuído para a morte da vítima.
Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (31), o delegado Cícero Túlio revelou que as investigações tiveram início há 40 dias e que a droga era adquirida de forma irregular em uma clínica veterinária. Algumas vítimas relataram terem sido dopadas e mantidas em cárcere privado. O uso da droga visava induzir um estado de transe para transcender a outra dimensão, conforme depoimentos colhidos. Diversas testemunhas foram ouvidas, sendo que duas delas mencionaram crimes que sugerem estupro de vulnerável, inclusive com a possibilidade de um aborto envolvendo uma das vítimas. A morte da avó de Djidja também está sob investigação.
Fonte: @ Hugo Gloss
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