Locação residencial teve alta de 3,7% no primeiro trimestre, superando a inflação. FipeZap monitora anúncios com preços acima da média.
Você notou que o preço do aluguel vem subindo constantemente? Pois é, essa tendência continua forte. De acordo com o Índice FipeZAP, que analisa informações de anúncios em várias cidades, os preços do aluguel aumentaram consideravelmente no primeiro trimestre.
Essa alta no custo da locação impacta diretamente o bolso de quem busca um novo lar. É importante ficar atento ao valor do arrendamento para não ser pego de surpresa. Planejamento financeiro é essencial para lidar com as oscilações no preço do aluguel.
Alta acumulada de 3,75% no preço do aluguel no primeiro trimestre
Durante o período mencionado, houve um aumento real de 3,75% no preço do aluguel residencial, acima da inflação oficial do IPCA, que atingiu 1,42%. Esse fenômeno é conhecido como aumento real, quando um item tem um aumento superior ao índice de preços. Desta forma, o preço médio do metro quadrado ficou em R$ 44,15/m². Entre as 11 capitais analisadas, apenas quatro tiveram um custo da locação acima da média, com Recife se destacando com um valor de R$ 49,40/m², superando cidades como Rio de Janeiro e Brasília, com R$ 46,79/m² e R$ 44,07/m², respectivamente. Tanto Rio de Janeiro quanto Brasília apresentam preços acima da média, com uma valorização histórica de aluguel.
Evolução dos preços por capital e aumento real no primeiro trimestre
No quadro de valores do metro quadrado por capital, é possível observar a variação nos preços do aluguel: São Paulo (R$ 53,13/m²); Florianópolis (R$ 52,04/m²); Recife (R$ 49,40/m²); Rio de Janeiro (R$ 46,79/m²); Brasília (R$ 44,07/m²); Curitiba (R$ 38,30/m²); Belo Horizonte (R$ 37,78/m²); Goiânia (R$ 37,37/m²); Salvador (R$ 35,38/m²); Porto Alegre (R$ 32,52/m²); Fortaleza (R$ 28,89/m²). No primeiro trimestre de 2024, o aumento de preços foi percebido em 23 das 25 localidades analisadas, incluindo todas as 11 capitais monitoradas. Brasília foi a capital com o maior incremento, alcançando 7,88%, seguida por Salvador com 6,46%, Curitiba com 5,51%, e Florianópolis com 4,49%. Recife também apresentou um aumento real de 4,42%, seguido por Rio de Janeiro (3,52%), Goiânia (3,15%), Belo Horizonte (3,09%), São Paulo (2,88%), Porto Alegre (2,70%) e Fortaleza (1,59%).
Comparação de 12 meses e fatores que influenciam o preço do aluguel
Ao analisar a variação nos últimos 12 meses, observa-se um aumento expressivo de 15,19% no preço do aluguel residencial, em contraste com os 3,93% do IPCA. Diversos fatores influenciam o aumento dos preços de locação, como os juros elevados, que limitam o crédito imobiliário e o acesso à aquisição de imóveis próprios. Isso acaba impulsionando a demanda por aluguéis e elevando os custos. No segmento de imóveis, as unidades com um dormitório foram as que mais se valorizaram, com uma alta de 18,22%, enquanto os imóveis com quatro ou mais dormitórios tiveram um crescimento inferior, de 11,45%. Em relação ao valor do arrendamento por metro quadrado, as unidades menores são as mais caras, com uma média de R$ 44,15/m². Os imóveis de um dormitório chegam a custar R$ 57,53/m², enquanto as unidades com três dormitórios têm um custo médio de R$ 38,64/m². Para potenciais investidores no mercado de locação, a rentabilidade do aluguel, que é a relação entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis, foi calculada em 5,82% ao ano, abaixo de opções seguras de investimento do mercado financeiro, como o Tesouro Selic, que oferece um retorno de 10,75% ao ano.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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