Novo curso chamado “Culinária Saudável”: na sala, aprende cozinhar alimentos saudáveis. Sala, de aula, cozinha, familiar. Hospital-dia, 3 andares, rampas. Recepção, calorosa térmica: café, biscoitos. Prevalência: 21.6M lares. Assoc. Brasileira de Obesidade e Síndrome Metab. Risco elevado: sobrepeso, obesidade, insegurança. Mão na massa: crônicas doenças. Salas de espera. Sala de aula na cozinha familiar de um hospital-dia com 3 andares, rampas, calorosa recepção, café e biscoitos. Prevalência: 21.6 milhões de lares. Associação Brasileira de Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Alimentar-se saudavelmente: risco de doenças crônicas como sobrepeso, obesidade e insegurança. Mão na massa na sala de aula da cozinha familiar do hospital-dia.
Em Campinas, a Culinária em Saúde é levada a sério. A equipe prepara refeições equilibradas, enquanto o aroma delicioso dos pratos saudáveis se espalha pelo ambiente. Nas bancadas, ingredientes frescos são cuidadosamente dispostos, criando um verdadeiro festival de cores e sabores.
No universo da Gastronomia, a Alimentação equilibrada é essencial. A Cozinha Saudável em Campinas é um exemplo de como é possível aliar sabor e saúde em cada refeição. Aqui, a criatividade culinária se une ao cuidado com os ingredientes, resultando em pratos que encantam o paladar e cuidam do corpo. Uma verdadeira experiência para os amantes da boa comida.
Culinária em Saúde na Prática: Uma Aula Diferente
Para chegar até a cozinha em questão, foi preciso atravessar a sala de espera de um hospital-dia e enfrentar rampas que levavam até o terceiro andar. Aquela sala de aula tão acolhedora, na verdade, revelava-se como uma extensão da sala de aula. Nesse ambiente familiar, não eram os estudantes de Gastronomia ou Nutrição que ocupavam a estrutura, mas sim os médicos em formação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O evento de Medicina Culinária, organizado pelo Projeto MeNu, inserido na disciplina Atenção Integral à Saúde do Adulto, sob a responsabilidade dos renomados professores e médicos Lício Velloso e Bruno Geloneze da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), apresentava um cenário especial. Contudo, as protagonistas dessa aula eram as nutricionistas e professoras Ana Carolina Vasques e Caroline Capitani, da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA), que recebiam os alunos de forma calorosa com uma térmica de café e biscoitos fresquinhos.
Enquanto os alunos se acomodavam nas cadeiras, os professores explicavam a relevância do tema. Segundo o endocrinologista Geloneze, o Brasil enfrenta uma realidade preocupante de sindemia, com altos índices de obesidade e insegurança alimentar. Dados da Pesquisa Vigitel de 2021 apontam que 57,2% da população brasileira está com excesso de peso e 22,4% lidam com a obesidade. Além disso, a insegurança alimentar atinge 27,6% das famílias no Brasil, equivalente a 21,6 milhões de lares.
A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) alerta para o risco elevado de doenças crônicas associadas à obesidade, como diabetes e doenças cardiovasculares. O impacto das doenças crônicas não transmissíveis é crescente não só no Brasil, mas globalmente. Por isso, iniciativas como a Medicina Culinária ganham destaque.
Nessas aulas, onde a mão na massa é essencial, a importância da alimentação na saúde e na prevenção de doenças crônicas é enfatizada. Ana Carolina destaca que uma melhoria na alimentação poderia prevenir uma em cada cinco mortes no mundo. Com base em estudos do Institute for Health Metrics and Evaluation, a alimentação é vista como a base para uma boa saúde.
A Medicina Culinária, inserida na Medicina do Estilo de Vida, surge como uma abordagem inovadora que busca promover a saúde por meio da alimentação. Inicialmente desenvolvida nos Estados Unidos por volta de 2006, essa disciplina possui raízes que remontam a experiências já realizadas há 130 anos. Ainda que seu crescimento seja considerado gradual, especialistas ressaltam seu valor na prevenção e no manejo de doenças.
Neste contexto, a culinária em saúde se destaca como uma ferramenta essencial para abordar não apenas a questão do peso, mas também a insegurança alimentar e as doenças crônicas. Em um mundo onde a prevalência desses problemas é alarmante, a abordagem prática e educativa da Medicina Culinária pode ser a chave para uma vida mais saudável e equilibrada.
Fonte: @ Estadão
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