Gaúcho da região de Santa Maria prepara obra sobre arbitragem, opina sobre polêmicas do ofício e diverte-se com curiosidades sobre musculação. Não estão preparados para escutar o que ele tem a dizer.
A arbitragem no futebol é uma atividade que exige muito além do simples apito. Os árbitros precisam lidar com a pressão dos jogadores, técnicos e torcedores, sempre buscando manter a imparcialidade em suas decisões. Anderson Daronco, conhecido por sua imponência física, é um exemplo de como a arbitragem pode ser exercida com competência e serenidade.
Cada julgamento realizado por um árbitro pode influenciar diretamente no resultado de uma partida. Em meio a tantas emoções e rivalidades, é essencial que o juízo seja justo e equilibrado. A decisão de um árbitro pode mudar o rumo de um jogo, mas é na firmeza de suas escolhas que se encontra a credibilidade da arbitragem.
Árbitro Anderson Daronco: Uma vida dedicada à arbitragem e ao esporte
Fã de Bebeto e Romário, da Geração de Ouro do vôlei de 1992 e de Ayrton Senna, ele virou árbitro quase por acaso. Educadamente, avisou que não podia falar de lances específicos e nem de personagens que amanhã pode cruzar novamente.
Um deles, do caso que mais desperta memes e curiosidades, o atacante Hulk – que o criticou duramente em entrevista na beira do campo em julho de 2022. Daronco foi punido pelo STJD. Ele já apitou 37 jogos da Série A depois daquele episódio. Nenhum do Atlético-MG.
No futuro, com o livro que começou a escrever, perdeu o arquivo, mas está na cabeça, ele promete contar de tudo um pouco. Mas só quando encerrar a carreira.
– Não tem nenhuma caixa preta.
Mas dá para falar com um pouco mais de liberdade (depois de parar de apitar).
Ficha técnica:
- Nome completo: Anderson Daronco
- Nascimento: 5 de janeiro de 1981, em Santa Maria (RS)
- Carreira: formado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria, desde 1999 pertence ao quadro de árbitros da Federação Gaúcha de Futebol.
- Desde 2008 é da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (SENAF) da CBF.
- Desde 2014, é árbitro Fifa.
- Mais de 230 jogos apitados na Série A do Brasileiro e já atuou em diversos jogos de Libertadores e das Eliminatórias sul-americanas para Copas.
- Eleito melhor árbitro do Campeonato Brasileiro de 2015, em eleição da CBF
Abre Aspas: Anderson Daronco
ge: Você é nascido, criado e formado em Santa Maria. Como é a vida do Anderson Daronco por aqui? — Sou de um bairro chamado Itararé. Tive uma infância feliz, sempre pratiquei muitos esportes.
Chegava do colégio de manhã, almoçava e já saía correndo para a rua porque queria jogar bola. Às vezes jogava vôlei também. Eu tinha 11 anos quando teve a medalha de ouro nas Olimpíadas de Barcelona. Jogava handebol, taco também. Tenho muita saudade de jogar taco na rua. Sou o filho caçula, tenho quatro irmãs mais velhas e sou nove anos mais novo do que a minha irmã mais nova.
Fui a última esperança dos meus pais de terem um filho homem. A raspa do tacho, como dizem (risos). Era bom de bola?
— Eu nunca tive muita habilidade não, mas era muito inteligente para jogar. Futsal, principalmente.
Tinha muita força e inteligência para ocupar os espaços da quadra, mas no campo eu não tinha muito tempo de bola e confesso que eu era um zagueiro-volante que apelava. Eu deixei algumas cicatrizes em alguns jogadores (risos).
Seus pais também são de Santa Maria? — Sim. Os meus pais vieram da roça.
Na região de Santa Maria, a gente tem série de pequenos municípios que são de descendência italiana, de onde veio a família e meus avós. São da região que se chama Quarta Colônia de Imigração Italiana. Meu pai veio para Santa Maria com 18 anos para servir o quartel, para fugir da roça, né? Minha mãe veio junto.
O que eles faziam? — Meu pai foi a vida inteira alfaiate, um dos últimos alfaiates vivos ainda hoje no municpi
Fonte: © GE – Globo Esportes
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