Camisa 10 do Coritiba revela momento delicado, comemora chute de antes e detalhes sobre pressão no ambiente.
A pressão vivida por Matheus Frizzo na celebração do ‘gol que Pelé não fez’ contrasta com o momento mais delicado de sua carreira. Há dois anos, o jogador do Coritiba superou a pressão da depressão para continuar no futebol e chegar na última sexta-feira para acertar um chute de antes do meio de campo e marcar o gol mais bonito em sua trajetória. Em entrevista exclusiva ao ge, o meia abriu o coração.
No segundo parágrafo, o jogador revelou que, durante a fase difícil, sentiu-se como se estivesse em um verdadeiro deserto, mas conseguiu superar os desafios e alcançar o sucesso. A superação da pressão foi fundamental para que ele pudesse brilhar nos gramados novamente, mostrando toda a sua determinação e talento. O ‘gol que Pelé não fez’ se tornou um marco em sua carreira, simbolizando a volta por cima de um período turbulento.
Frizzo fala sobre a pressão no futebol e momentos de ‘deserto’
Em um testemunho impactante e repleto de sentimentos, Frizzo compartilhou pormenores sobre o que descreve como um ‘deserto’ em sua trajetória. Ele mencionou o quão delicado é abordar o assunto, mas admitiu ter enfrentado pressão e momentos difíceis. Frizzo ressaltou a falta de valorização da saúde mental no futebol, devido ao intenso ambiente de pressão em que os jogadores vivem. Ele destacou a mudança em sua percepção, aprendendo a dar menos importância às redes sociais após vivenciar esse período desafiador.
O jogador recordou um momento particularmente complicado em que se sentiu em um verdadeiro deserto. Após conquistar o título da Série B, viu todas as portas se fecharem e seu valor ser questionado. Frizzo descreveu a sensação de acordar sem o telefone tocando, percebendo que as pessoas o valorizavam apenas pelo que produzia. Ele enfatizou a solidão desse momento e a necessidade de lidar com a pressão de forma adequada.
Durante essa fase, Frizzo contou com o apoio fundamental da família e de seu amigo Zilmar Quadros, que o incentivaram a não desistir de sua carreira no futebol. Além disso, ele ressaltou a importância da terapia para lidar com a depressão e superar os desafios emocionais. O jogador mencionou a constante motivação de Zilmar, seu personal e nutricionista, que o auxiliou a manter o foco nos treinos e na recuperação.
O relato de Frizzo remonta a 2022, quando ele estava no Grêmio, um ano após sua conquista na Série B. Ele encontrou forças durante sua passagem pelo Tombense, um período de provação em que aprendeu a valorizar os pequenos detalhes da vida. Frizzo descreveu os desafios de estar em um ambiente distante, sem a presença de familiares e amigos próximos, como uma oportunidade de crescimento pessoal.
O jogador destacou a importância de sua fé nesse momento, mencionando que se aproximou de Deus e encontrou forças para seguir em frente. Ele ressaltou a dedicação aos treinos e ao cuidado com seu corpo, enfatizando a importância de manter-se saudável tanto fisicamente quanto emocionalmente. Frizzo expressou sua gratidão por ter superado esse período difícil e encontrar a plenitude em sua vida.
Frizzo e o novo desafio: o prêmio Puskás
Um novo sonho surgiu na vida de Frizzo: o prêmio Puskás. O camisa 10 revelou ter sonhado em marcar um gol do meio de campo, um feito que se concretizou em um momento especial. Em uma conversa com seu amigo Ruan, jogador do Santo André, Frizzo compartilhou sua aspiração de concorrer ao prêmio Puskás, concedido ao jogador que realiza o gol mais extraordinário do ano.
Agora no Coritiba, Frizzo almeja estar presente na cerimônia da Fifa, em janeiro, e ter a chance de ser reconhecido por seu golaço. O jogador demonstra determinação e foco em seus objetivos, mostrando que, mesmo diante da pressão e dos desafios, ele está pronto para alcançar novos patamares em sua carreira no futebol.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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