CPI no Brasil subiu 0,3% em abril, contra expectativas de manter o mesmo nível de março (0,4%). Inflação aoconsumidor, incluindo alimento e combustível, Trabalhos Estadunidenses (BLS). Monetária autoridade meta: 2% ao ano. Preços mais voláteis. Escritório de Estatísticas.
O índice de preços ao consumidor (IPC, na sigla em português) do Brasil subiu 0,5% em maio com ajustes sazonais, conforme anunciado nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação no país vem apresentando uma trajetória de crescimento nos últimos meses, refletindo principalmente os aumentos nos preços de alimentos e combustíveis.
A taxa de inflação anual no Brasil atingiu 3,5% em maio, mostrando uma leve desaceleração em relação ao mês anterior. Ainda assim, a alta de preços continua sendo uma preocupação para os consumidores e para o governo, que busca medidas para controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica do país.
Impacto da Inflação nos Mercados Financeiros
A análise recente dos dados de inflação revela um cenário que está abaixo das expectativas dos analistas, que previam um ritmo de alta semelhante ao observado no mês anterior. Os números de março e fevereiro surpreenderam positivamente, indicando uma certa estabilidade nesse indicador crucial. Ao longo dos últimos 12 meses encerrados em março, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou um aumento de 3,4%, desconsiderando os ajustes sazonais, o que representa uma leve queda em relação aos 3,5% de março, mas está em linha com as projeções de 3,4%.
O chamado ‘núcleo’ de inflação, que desconsidera os preços mais voláteis, teve um acréscimo de 0,3%, abaixo do avanço de 0,4% observado em março e fevereiro, e também abaixo das expectativas dos analistas. No acumulado de 12 meses, esse índice ficou em 3,6%, em consonância com as previsões de mercado.
A incerteza quanto ao início dos cortes de juros, que são vistos como prováveis pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, continua a influenciar as decisões dos investidores. A relação entre inflação e a meta de 2% ao ano estabelecida pela autoridade monetária é crucial, pois pode adiar ou antecipar o ciclo de redução das taxas de juros.
O comportamento dos juros nos EUA tem repercussões globais, tornando a renda fixa mais atrativa à medida que as taxas de juros aumentam. Isso impacta diretamente os investidores, tanto os que preferem a segurança da renda fixa quanto os que atuam no mercado de ações. Em mercados considerados mais arriscados, como o Brasil, a inflação e as decisões de política monetária ganham ainda mais relevância.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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