O ministério de Alexandre de Moraes levantou o sigilo dos depoimentos do ex-PM que estava dentro dos círculos por trás de Marielle.
O ex-policial Ronnie Lessa, detido por assassinar a vereadora Marielle Franco, revelou em sua colaboração premiada que estava tentando localizar a vereadora desde setembro de 2017. Marielle foi brutalmente assassinada em 14 de março de 2018, deixando uma lacuna imensa na política brasileira.
A tentativa de encontrar a vereadora Marielle Franco, que foi covardemente assassinada, chocou o país e levantou questões sobre a segurança dos políticos no Brasil. A morte de Marielle deixou uma marca indelével na história do país, reforçando a necessidade de justiça e segurança para todos os cidadãos.
Novas revelações sobre o caso Marielle
Mais ou menos em setembro, os dados foram colhidos, tudo estava pronto, o carro e o armamento estavam preparados, e a equipe começou a se movimentar. ‘Eu e Macalé estávamos nessa missão juntos, inicialmente éramos apenas nós dois na execução. No mês de dezembro, já estávamos exaustos dessas tentativas infrutíferas, não estávamos progredindo, estávamos apenas indo em círculos, sem rumo. Decidimos então abordar os mandantes e sugerir uma mudança na estratégia que havia sido elaborada, orientada por uma das pessoas por trás desse planejamento. Tentamos encontrar uma solução, pois a abordagem anterior, que não envolvia a Câmara de Vereadores, estava se tornando cansativa. Queríamos mudar de qualquer jeito, mas a resposta foi sempre negativa. Tivemos que manter o plano inicial’, afirmou.
Em uma delação, Lessa revelou que a tentativa de assassinar Marielle teve início em setembro de 2017. Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a transferência do ex-policial para o complexo penitenciário de Tremembé, em São Paulo, e levantou o sigilo da delação. Lessa também mencionou que o endereço da vereadora era em uma área de difícil acesso, com policiais patrulhando nas proximidades. ‘Era um local complicado de monitorar. O prédio em si não tinha estacionamento, o que dificultava a vigilância. Não tínhamos como saber se o carro dela estava dentro, pois não havia garagem’, explicou.
O ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou em sua delação à Polícia Federal que o deputado federal Chiquinho Brazão está envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. Essa menção ao parlamentar resultou na transferência do caso para o Supremo Tribunal Federal, devido ao foro privilegiado de Chiquinho. Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, foram presos em março como supostos mandantes do crime. João Francisco Inácio Brazão, conhecido como Chiquinho, é deputado federal pelo Rio de Janeiro e, assim como Marielle, era vereador na época do assassinato. O envolvimento do parlamentar levou as investigações ao STF, devido ao seu foro especial.
Fonte: © A10 Mais
Comentários sobre este artigo