Tendência de baixa consistente no curto e médio prazo, com probabilidade de perdas se aprofundarem de 10,85% para 16,4% antes da formação de fundos próximos.
A tendência de queda do Ibovespa tem se mantido firme desde o final de maio. E o desafio é que, desde que o índice perdeu o patamar dos 121 mil pontos, a tendência é de busca pelo suporte nos 112.160 pontos, aproximadamente 6,7% abaixo do nível do último fechamento (120.261 pontos).
Olhando para a direção dos mercados, é crucial acompanhar de perto a evolução do Ibovespa nas próximas semanas. A tendência de queda pode indicar possíveis desafios no cenário econômico, impactando diretamente os investidores.
Entendendo a Importância das Tendências nos Investimentos
Análise fundamentalista versus análise técnica: qual abordagem é mais eficaz para investir? A questão da direção do mercado é crucial, especialmente quando a tendência de baixa persiste no curto e médio prazos. Existe a possibilidade de o Ibovespa ampliar suas perdas, passando de uma queda acumulada de 10,4% para 16,4% antes de atingir o próximo fundo.
Na análise técnica, há um ditado que diz que nada que tenha caído muito está imune a quedas adicionais. O Ibovespa já registrou uma queda superior a 10% em 2024, e a preocupação reside no fato de que o índice não possui suportes próximos visíveis no gráfico diário. Os fundos mais próximos estão localizados em 112.160 e 111.600 pontos, níveis de suporte estabelecidos em outubro do ano passado.
A tendência de baixa com a formação consistente de topos e fundos descendentes continua sendo o cenário predominante, conforme destacado por Igor Graminhani, analista gráfico da Genial Investimentos. A questão que surge é se o Ibovespa está à beira de uma queda livre iminente. No entanto, é importante ressaltar que a relação não é tão direta quanto parece.
Como mencionado pelo analista gráfico da Genial, a presença de um suporte não implica em uma queda linear do Ibovespa até esse nível, nem é possível determinar com precisão o tempo necessário para atingir essa região de fundo. Na análise técnica, a ênfase recai sobre probabilidades, não afirmações categóricas.
Quando um ativo rompe um suporte, é comum que busque corrigir em direção ao próximo fundo, mas não há garantias de que atingirá esse ponto. A discussão gira em torno da maior probabilidade de manutenção da tendência de baixa, conforme ressaltado por Graminhani. Em resumo, o Ibovespa não necessariamente despencará até os 112 mil pontos, mantendo a tendência de baixa, com o próximo suporte estimado em 112.160 pontos, segundo a análise da Genial.
Os analistas do Itaú BBA identificam os próximos suportes do índice em 115.000 e 111.600 pontos, enquanto a equipe do BB Investimentos destaca suportes mais espaçados em 117 mil, 114 mil e 112 mil pontos. Segundo a Genial, após os 112.160 pontos, os próximos fundos do Ibovespa estão em 111.600 e 108.190 pontos, cenário que gera preocupação.
Para os executivos do Itaú BBA, a prudência é aconselhada no curto prazo, diante da possibilidade de quedas mais acentuadas no horizonte. O cenário de longo prazo para o índice está em revisão, devido à falta de contribuição do ambiente externo até o momento.
Em termos simples, o suporte em análise gráfica representa o ponto em que uma ação, após uma sequência de quedas, interrompe temporariamente a tendência de baixa e inicia um movimento de alta mais significativo. O teste dos fundos anteriores após uma nova queda é uma prática comum, refletindo a dinâmica de ‘bate e sobe’ no mercado.
A expectativa é que, ao atingir um fundo, um ativo leve mais tempo antes de buscar seu próximo suporte, explicando a utilização desse termo. Portanto, as análises não afirmam que o Ibovespa inevitavelmente atingirá os próximos fundos, mas sim que, caso isso ocorra, a tendência de baixa atual pode se manter.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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