Hubbard e Summers veem dificuldade em convergir inflação para meta sem recessão.
A polarização da política no Brasil tem dificultado a convergência de diferentes partidos em relação a questões importantes para o país. No entanto, quando se trata da convergência da inflação para a meta estabelecida pelo Banco Central do Brasil, vemos que há um consenso entre os especialistas econômicos.
Em meio aos desafios econômicos enfrentados pelo país, a busca por soluções para controlar a inflação se torna uma prioridade. É fundamental que medidas eficazes sejam adotadas para garantir a estabilidade econômica e o bem-estar da população. A análise cuidadosa dos indicadores econômicos e a implementação de políticas adequadas são essenciais para lidar com a questão da inflação de forma eficaz.
Discussão sobre a Inflação nos Estados Unidos
Participantes de um webcast realizado pelo Economic Club of New York, entidade sem fins lucrativos dedicada à análise de questões sociais, econômicas e políticas dos EUA, Glenn Hubbard e Larry Summers abordaram a questão da inflação. Ambos rejeitaram a ideia de que a inflação americana poderá convergir para 2% sem impactos na economia do país.
Hubbard, ex-assessor econômico do ex-presidente George W. Bush, expressou preocupação com a inflação, afirmando que ela está acima da meta de 2% do Fed. Ele destacou a dificuldade de desacelerar a inflação, apontando que os custos de moradia não são o único fator determinante. Mesmo se esses custos fossem reduzidos, a inflação ainda não atingiria a meta.
Segundo Hubbard, considerando o atual nível de preços de moradia, todos os outros componentes da inflação teriam que ser zerados para alcançar a meta de 2%. Summers, ex-conselheiro de Obama, concordou que a trajetória da inflação é problemática, afirmando que não há uma tendência clara em direção à meta de 2%.
Ele também mencionou a dificuldade do Fed em reduzir as taxas de juros, devido ao alto nível de despesas fiscais decorrentes da pandemia. Summers destacou que o nível neutro de juros está em torno de 4,5%, acima das estimativas do Fed. Isso indica que haverá menos cortes nas taxas do que o esperado.
Ambos os economistas expressaram preocupação com a capacidade do Fed de controlar a inflação. Summers prevê que nos próximos três anos, a inflação poderá atingir entre 2,75% e 3%, caso se mantenha a perseguição à meta de 2%. Hubbard, por outro lado, acredita que a economia dos EUA pode enfrentar uma recessão nos próximos trimestres, mas não será severa.
Em resumo, a discussão destacou a complexidade da situação econômica atual, com desafios significativos relacionados à inflação e à política monetária. A incerteza em torno da trajetória da inflação e a dificuldade de desacelerá-la são temas centrais nessas análises.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo