Presidindo a CNN, juiz revelou que 500 urnas perdidas e 15 mil em inacessível depósito em Porto Alegre. Galpões, zonas eleitorais, andar submerso, piscinas, lugares altos, servidores, situações semelhantes: transferir urnas.
Aproximadamente metade do total de urnas utilizadas em eleições no Rio Grande do Sul pode ter ficado inutilizável devido às enchentes que vêm devastando o estado, conforme informado pelo Tribunal Regional Eleitoral gaúcho (TRE-RS). No primeiro turno das eleições gerais de 2022, o TRE instalou 27.201 urnas em todo o estado, reservando outras 1.890 para possíveis substituições devido às enchentes.
Diante da situação crítica causada pelas enchentes, as autoridades eleitorais estão trabalhando arduamente para garantir a continuidade do processo democrático. A população local está mobilizada para superar os desafios e assegurar que o direito ao voto seja preservado, mesmo diante dos impactos causados pelas fortes chuvas.
Enchentes: Desafios e Impactos nas Eleições Eleitorais
No total, foram acionadas 29.091 máquinas para as eleições. A presidente do TRE-RS, desembargadora Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak, revelou à CNN, na quarta-feira (15), que 15 mil urnas estão armazenadas em um galpão alagado e inacessível em Porto Alegre. Outras 500 urnas, distribuídas em zonas eleitorais por todo o estado, já foram consideradas perdidas.
O galpão localizado no bairro Quarto Distrito, na zona norte da capital e às margens do rio Jacuí, está enfrentando sérias dificuldades devido às enchentes. O rio Jacuí, que deságua no Guaíba, ultrapassou o nível de inundação, que é de três metros, desde o início do mês.
A presidente do TRE-RS expressou sua preocupação, afirmando: ‘Não temos ideia da extensão dos danos.’ Ela também mencionou que o prédio está inacessível e sem energia elétrica para monitoramento por vídeo.
Além disso, a sede do TRE, no centro histórico da capital, teve seu primeiro andar submerso, impossibilitando o acesso. O local abriga dez locais de votação da capital e a central de atendimento ao eleitor de Porto Alegre.
Os estragos se estendem por todo o estado, com sedes de zonas eleitorais em São Sebastião do Caí, São Jerônimo, Arroio do Meio e São Leopoldo sofrendo com inundações. Em Arroio do Meio, 90% da população ficou sem serviços básicos, como água e energia.
São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre, enfrenta grandes piscinas devido a problemas com diques e bombas. Em Igrejinha, o cartório eleitoral foi parcialmente alagado, enquanto em Eldorado do Sul, um posto da Justiça Eleitoral está completamente inundado.
Mesmo com o esforço dos servidores para proteger as urnas em lugares altos, a magnitude das enchentes foi avassaladora. A presidente do TRE afirmou: ‘A enxurrada foi muito intensa.’
Diante dessas situações, o TRE gaúcho planeja transferir as urnas danificadas para locais mais seguros. Um relatório será enviado ao TSE na próxima semana, detalhando os impactos das chuvas sobre os trabalhos eleitorais.
O TSE garantiu a substituição de todas as urnas danificadas. Uma solução em estudo é o envio de máquinas do Distrito Federal para o Rio Grande do Sul, que não realiza eleições municipais.
Fonte: @ CNN Brasil
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