Enchentes no RS evidenciam vulnerabilidade do patrimônio histórico gaúcho frente a eventos climáticos extremos. Mapeamento e limpeza são essenciais.
As consequências das enchentes que impactaram o Rio Grande do Sul foram devastadoras, afetando diversas cidades e desalojando mais de 600 mil pessoas de suas residências. Essa situação ressalta a fragilidade do patrimônio histórico e arquitetônico gaúcho diante de enchentes e outros eventos climáticos extremos. De acordo com levantamento da Folha de S.Paulo, aproximadamente 230 bens tombados, em esferas municipal, estadual ou federal, encontram-se em áreas alagadas e correm o risco de sofrer danos, em diferentes proporções.
As enchentes não apenas causaram prejuízos materiais, mas também expuseram a vulnerabilidade do estado diante de tragédias naturais. A preservação do patrimônio cultural torna-se ainda mais desafiadora diante da frequência crescente de inundações e outros eventos climáticos extremos. É fundamental adotar medidas de prevenção e mitigação para proteger não apenas as edificações históricas, mas também as vidas e o bem-estar da população afetada pelas enchentes.
Impacto das Enchentes e Danos Causados
As enchentes, eventos climáticos extremos que assolam diversas regiões, têm gerado tragédias e provocado danos significativos ao patrimônio histórico e cultural. Um mapeamento realizado por pesquisadores da UFRGS, em colaboração com o Iphan e o Iphae-RS, além das prefeituras de Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo, revelou a extensão dos estragos.
Os dados disponibilizados pelas gestões municipais apontam para a necessidade urgente de quantificar os prejuízos causados pelas inundações. Voluntários e servidores estão empenhados na etapa de limpeza, buscando restaurar a normalidade em meio à devastação.
Locais emblemáticos, como o antigo prédio dos Correios em Porto Alegre, o Centro Histórico da capital e a cidade serrana de Santa Tereza, estão entre os bens tombados mais afetados. O levantamento identificou cerca de 20 bens estaduais e 37 municipais atingidos pelas enchentes.
A elevação recorde no nível do lago Guaíba deixou marcas visíveis no Centro Histórico, com danos que vão desde a parte elétrica até obras de saneamento. O Mercado Público, símbolo da cidade inaugurado em 1869, sofreu com a inundação, prejudicando metade dos estabelecimentos e causando prejuízos milionários.
A reconstrução do prédio está estimada em R$ 5 milhões, enquanto os comerciantes contabilizam perdas que variam de R$ 15 milhões a R$ 27 milhões. A praça da Alfândega, próximo ao Mercado Público, também foi afetada, com o Margs sendo um dos locais mais impactados.
A força-tarefa para realocação das obras de arte do museu foi fundamental para preservar o acervo, evitando a perda de peças valiosas. No entanto, a enchente comprometeu o sistema de climatização, documentos administrativos e mobiliário, exigindo uma revisão na disposição das obras no museu.
Diante do agravamento dos fenômenos climáticos, é essencial repensar a estrutura e a segurança dos locais históricos para evitar novas tragédias causadas por enchentes. A colaboração entre instituições e a comunidade é fundamental para a recuperação e preservação do patrimônio em meio a eventos climáticos cada vez mais extremos.
Fonte: © TNH1
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