Governo afirma que não há verba para reajuste salarial este ano, apenas em 2023. Lula diz que greve está longa demais.
O governo federal está enfrentando uma semana crucial de negociações com os professores e técnicos das universidades federais em greve, buscando soluções para encerrar o movimento paredista. As propostas de reajuste salarial serão discutidas em reuniões agendadas a partir de terça-feira (11) na capital federal, Brasília.
Além disso, as paralisações nas instituições de ensino superior têm impactado diretamente o calendário acadêmico, gerando preocupações quanto ao cumprimento do cronograma letivo. A expectativa é que as negociações avancem e a greve seja encerrada o mais breve possível, visando a normalização das atividades nas universidades federais.
Greve: Paralisações e Negociações em Andamento
As paralisações, que tiveram início no mês de abril, continuam a impactar diversos setores em todo o país. Os motivos por trás dessas manifestações incluem demandas por reajuste salarial, reestruturação de carreira e revisão orçamentária, bem como a revogação de normas implementadas em gestões anteriores.
Na última terça-feira, uma série de reuniões ocorreram para discutir as propostas do governo em relação às reivindicações dos trabalhadores. A ministra Esther Dweck, da Gestão, liderou as conversas com técnicos do governo para apresentar as possíveis soluções para a crise.
Foi comunicado que não há previsão de reajuste salarial para o atual ano, sendo essa uma medida adiada para o próximo ano. No entanto, o governo se comprometeu a revisar algumas políticas adotadas por administrações anteriores e a promover mudanças na estrutura de carreira dos servidores.
Em um encontro realizado no Palácio do Planalto, na presença de reitores de universidades e institutos federais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministro da Educação, Camilo Santana, anunciaram um plano de investimentos para as instituições de ensino. O plano inclui a destinação de R$ 5,5 bilhões por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para melhorias e expansão das infraestruturas, como a construção de novos campi e hospitais universitários.
Entidades ligadas ao meio acadêmico consideraram o montante insuficiente para suprir as necessidades das universidades. Durante o anúncio, o presidente Lula fez um apelo pela resolução rápida da greve, destacando que é fundamental encontrar uma solução que beneficie a todos os envolvidos.
As propostas apresentadas pelo governo para os professores e técnicos incluem um reajuste parcelado ao longo dos próximos anos. Para os técnicos, está previsto um aumento de 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026, além de uma reestruturação na carreira que visa beneficiar os salários mais baixos.
Já para os professores, foi assinado um acordo que contempla um aumento de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Além disso, está prevista uma reestruturação na progressão de carreira que resultará em ganhos substanciais, principalmente para os estágios iniciais da carreira acadêmica.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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