Deputada Célia Xakriabá emite nota de repúdio à crise humanitária dos direitos das populações indígenas, causada pelo garimpo ilegal incentivado, um genocídio.
Arthur Lira (PP) tomou a decisão de incluir Célia Xakriabá (PSOL) como membro da comissão nesta quarta-feira (22). A formação de uma comissão externa da Câmara dos Deputados para investigar a crise humanitária na Terra Yanomami gerou revolta entre os indígenas.
A equipe responsável pela investigação da situação na Terra Yanomami conta agora com a participação de Célia Xakriabá, que se junta ao grupo para contribuir com o trabalho em prol da resolução dos problemas enfrentados pela comunidade. A inclusão de novos membros na comissão fortalece a busca por soluções eficazes e justas para a crise em questão.
Comissão de Investigação da Crise Humanitária Yanomami
Uma comissão de investigação da crise humanitária dos yanomamis foi criada recentemente, gerando reações mistas. Segundo a nota de repúdio divulgada por diversas entidades, os deputados originalmente designados para a comissão foram alvo de críticas por suas posições contrárias à demarcação de terras indígenas. A inclusão de novos membros, como Célia Xakriabá, foi vista como um passo positivo para garantir a representatividade necessária no grupo de trabalho.
Célia Xakriabá, em suas declarações nas redes sociais, ressaltou a importância de sua participação na comissão, destacando a gravidade da crise humanitária enfrentada pelos yanomamis. A parlamentar enfatizou a necessidade de combater o aumento do garimpo ilegal e do genocídio incentivado, questões que têm impactado negativamente as populações indígenas da região.
A comissão externa, criada por ato da presidência da Câmara dos Deputados, tem como objetivo acompanhar as autoridades competentes na investigação e apuração da crise humanitária dos yanomamis. Sob a coordenação da deputada Coronel Fernanda, a equipe se prepara para sua primeira reunião, agendada para o dia 5 de julho, onde será discutido o plano de trabalho a ser seguido.
Além de Célia Xakriabá, outra indígena, Silvia Waiapi, também integrará os trabalhos da comissão. Silvia, que já atuou como secretária de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, traz consigo uma bagagem de experiência que será fundamental para as atividades do grupo.
A nota de repúdio divulgada por diversas entidades expressa o repúdio e a indignação diante das ações da Câmara dos Deputados, que, segundo as organizações, buscam utilizar a crise enfrentada pelos yanomamis para fins políticos e de defesa de interesses econômicos, como o garimpo e a mineração em territórios indígenas.
A polêmica em torno da demarcação de terras e dos direitos indígenas tem sido um ponto central de discussão no cenário político atual. O embate entre os parlamentares, que votaram a favor da tese do Marco Temporal, e as entidades que defendem os direitos das populações indígenas tem gerado tensões e debates acalorados.
Apesar da inconstitucionalidade da tese do Marco Temporal, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal, a mesma foi aprovada pelo Congresso e promulgada em lei. O veto do presidente foi derrubado, o que levantou questionamentos sobre a proteção dos direitos das populações indígenas e a preservação de seus territórios diante de interesses políticos e econômicos.
Fonte: @ Nos
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