Marcas digitais independentes de influenciadores representam 30% do mercado americano, sinalizando uma tendência para o Brasil.
O crescimento das marcas de beleza digitais e influenciadoras pode representar um desafio para a Natura, que ainda precisa desenvolver estratégias para atrair os consumidores da Geração Z. Segundo a XP Investimentos, a empresa brasileira Natura enfrenta a concorrência das marcas independentes, muitas delas nascidas no ambiente digital.
As marcas independentes, em sua maioria digitais, já detêm cerca de 30% de um mercado de US$ 90 bilhões nos Estados Unidos, de acordo com projeções da Nielsen IQ. A Natura precisa inovar e se adaptar às novas tendências do mercado para manter sua relevância e conquistar a confiança dos consumidores mais jovens, como a Geração Z.
Natura: Desafios e Oportunidades no Mercado de Beleza Digital
Essa fatia do mercado de beleza faz com que empresas já consolidadas olhem para marcas independentes que muitas vezes são atreladas aos influenciadores digitais. No Brasil, em que o fenômeno é mais recente e com dados ainda não dimensionados, a Natura é a que se mostra mais atrasada nesse movimento. Vemos a ascensão das marcas de influenciadores como uma ameaça de médio-longo prazo para a NTCO3, aquecendo a batalha para os consumidores da geração Z na categoria de maquiagem, com consolidação por meio de fusões e aquisições e entrada para o canal físico provavelmente como as próximas etapas, avaliaram.
As ações da Natura estão cotadas a R$ 15,54, queda de 6,89% no acumulado do ano. Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos.
Entre as marcas em ascensão no Brasil estão a Bruna Tavares, que tem R$ 240 milhões em vendas, e a Boca Rosa Beauty, que pode alcançar R$ 120 milhões no segundo semestre deste ano. São empresas fundadas pelas influenciadoras digitais e que já atraíram a atenção de grupos maiores – a Bruna Tavares fechou acordo com a Kiss New York.
De olho nesse mercado, o Grupo Boticário, tem feito lançamentos em colaboração com influenciadoras digitais nas diferentes marcas do grupo (além do Boticário, o grupo possui e Eudora, Quem disse Berenice e a Vult), no que chama de ‘instabrands’.
Recentemente a companhia também fechou acordo para operar a rede de cafeterias Starbucks no país. A Natura, por sua vez, é vista como mais atrasada nesse movimento, com a iniciativa mais recente sendo de 2022, quando a Avon lançou uma linha em parceria com a ex-BBB e cantora Juliette.
Interessante notar que fusões e aquisições também já são um tema no Brasil, com a Hypera adquirindo a Simple Organic em 2020. Em suma, embora ainda pequenas, vemos a ascensão das marcas digitais e marcas de influenciadores como uma ameaça de médio e longo prazo para a NTCO3 e o mercado de beleza de US$ 76 bilhões da América Latina, explicaram.
Natura: Tendências e Desafios no Mercado Global de Beleza
Nos Estados Unidos, marcas de produtos de beleza digital chamam a atenção de grandes players, como a Rare Beauty, da cantora Selena Gomez, e a Kylie Cosmetics, da influencer Kylie Jenner, que possuem vendas anuais de aproximadamente US$ 400 milhões. Essas marcas digitais crescem em modelos de negócios de vendas direta ao consumidor, apoiadas nas redes sociais e na imagem dos próprios influenciadores.
Além de linhas de maquiagem, há também marcas nativas digitais ligadas aos cuidados com a pele, como a The Honest Inc, da atriz Jessica Alba, que possui faturamento de US$ 340 milhões e é listada na Nasdaq. Essa estratégia digital tem chamado a atenção de empresas do setor tradicionais. Em 2016, a L’Oreal adquiriu a empresa de cosmético IT por US$ 1,2 bilhão e.
Fonte: @ Info Money
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