O presidente defendeu a autonomia do Banco Central e destacou a importância de manter a política de juros baixa, sem citar a taxa Selic.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) reforçou a importância da autonomia do Banco Central em uma coletiva de imprensa realizada hoje. Bolsonaro destacou que a autonomia do Banco Central é fundamental para garantir a estabilidade econômica do país, permitindo que a instituição atue de forma independente para tomar as melhores decisões em relação à política monetária.
Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a independência do Banco Central em um discurso no Congresso Nacional. Guedes ressaltou que a autonomia do Banco Central é essencial para evitar interferências políticas nas decisões econômicas, garantindo assim a credibilidade e eficiência das ações do órgão regulador.
Autonomia do Banco Central: Mercado e Política de Juros
Quem almeja a autonomia do Banco Central é o mercado, integrante do Copom, responsável por estabelecer a meta de inflação e a política de juros. Lula, em entrevista à Rádio Princesa, mencionou a importância de ter um BC independente, destacando a gestão de Henrique Meirelles, que atuou por oito anos como presidente do BC em seu governo, desfrutando de total independência para realizar os ajustes necessários.
A necessidade de alinhar as ações do BC com os anseios da nação foi ressaltada por Lula, que criticou a taxa Selic elevada, atualmente em 10,5%, considerando-a exagerada. O ex-presidente expressou preocupação com a permanência de Roberto Campos Neto como presidente do BC nos últimos dois anos, indicado por Jair Bolsonaro, sem mencionar o nome do atual mandatário do Banco Central diretamente.
Apesar das críticas, Lula reconheceu a necessidade de paciência até a troca no comando do BC no final do ano, enfatizando a importância de o presidente poder indicar o líder da instituição. O ex-presidente defendeu a presença de um presidente do BC que enxergue o país de forma distinta do mercado financeiro, priorizando o bem-estar da população.
A busca por uma inflação baixa foi descrita por Lula como uma obsessão, ressaltando que a estabilidade de preços beneficia o poder aquisitivo dos trabalhadores e a rentabilidade do dinheiro. Para ele, a manutenção da inflação em patamares reduzidos não é apenas um desejo, mas uma convicção profunda, refletindo sua crença na necessidade de um governo que gerencie os recursos de forma eficiente para viabilizar investimentos produtivos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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