Líder opositora expressa entendimento da decisão do Brasil em entrevista à CNN, último dia da campanha eleitoral, práticas de boa observação.
Sem poder concorrer à Presidência da Venezuela, a líder opositora María Corina Machado afirmou, em entrevista exclusiva à CNN, nesta quinta-feira (25), último dia da campanha eleitoral, ‘lamentar muitíssimo’ a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de não enviar observadores para o país depois de Maduro afirmar que os votos no Brasil não eram auditáveis.
María Corina Machado, líder opositora, expressou sua preocupação com a transparência do processo eleitoral e ressaltou a importância da presença de observadores internacionais para garantir a lisura das eleições. A decisão do TSE de não enviar observadores foi duramente criticada pela líder venezuelana, que reiterou a necessidade de mecanismos de controle para assegurar a legitimidade do pleito.
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Maria Corina Machado expressou compreensão em relação à decisão do Brasil. Para a líder opositora, o presidente venezuelano tem o hábito de atacar todos, baseando-se em mentiras e especulações, sem sofrer consequências. No entanto, ela ressaltou a importância de um órgão como o TSE manter sua autoridade.
A decisão anunciada pelo TSE na quarta-feira (24) foi objeto de comentário por parte de Machado, que considerou as declarações do presidente venezuelano como um ‘grave erro’. Ela afirmou que ele busca isolar o país, ciente de que o candidato opositor Edmundo González tem vantagem nas intenções de voto. Segundo Machado, os membros do governo já não conseguem enganar ninguém.
Em entrevista à CNN, Maria Corina Machado mencionou que pretende solicitar uma reunião com o assessor da presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, enviado do governo Lula. Ela liderava as pesquisas de opinião antes de ser impedida de concorrer, mas agora apoia Edmundo González Urrutia, ex-diplomata e candidato opositor mais competitivo contra Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela em busca da reeleição.
Sobre a desistência dos observadores do Brasil em acompanhar o processo venezuelano, Machado lamentou a situação, destacando a importância de testemunhar as violações às boas práticas de transparência eleitoral. Ela ressaltou a organização da cidadania para superar os obstáculos e garantir a livre expressão da soberania popular.
Quanto à decisão do TSE brasileiro de não participar, a líder opositora compreendeu a reação, considerando as constantes ofensas e mentiras de Maduro. Ela enfatizou a necessidade de respeito por parte de órgãos como o TSE, lamentando a falta de acompanhamento neste momento crucial.
Maria Corina Machado acredita que a recusa de diversos países em enviar observadores gera um isolamento que favorece violações no processo eleitoral. Ela vê nesses atos uma estratégia de Maduro para tentar manipular a situação, mas ressalta que, neste ponto, o regime já não consegue mais enganar ninguém.
Fonte: @ CNN Brasil
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