Nelson, fundador da Trian Partners, desiste de embate sobre governança e vende ações em empresa de entretenimento. Grandes mudanças em curso.
O confronto entre Nelson Peltz e Disney sugeria que uma das partes poderia sair derrotada. O investidor ativista, criador da gestora Trian Partners, criticava a governança corporativa da Disney e batalhava por transformações significativas. Por outro lado, a empresa liderada por Bob Iger defendia-se de suas investidas. No final de maio, essa disputa intensa chegou ao seu desfecho.
Enquanto o embate entre Nelson Peltz e Disney se desenrolava, a empresa de entretenimento buscava manter sua posição no mercado. As estratégias adotadas por Bob Iger foram cruciais para enfrentar os desafios propostos pelo investidor ativista. A batalha pelo controle e direção da Disney foi acompanhada de perto pelos mercados financeiros e pela indústria do entretenimento.
Disney: Nelson Peltz Vende sua Participação na Empresa de Entretenimento
Nelson Peltz tomou a decisão de se desfazer de toda a sua posição na Disney, em um movimento que chamou a atenção do mercado. De acordo com informações obtidas pela CNBC, o fundador da Trian conseguiu um prêmio de aproximadamente US$ 20 por cada um de seus papéis, vendendo por US$ 120 enquanto as ações da Disney estavam sendo negociadas em torno de US$ 100.
Desde o segundo semestre do ano passado, Peltz intensificou suas críticas à gestão da Disney, especialmente em relação à estratégia de streaming da companhia. Ele se tornou um crítico da maneira como a sucessão de Iger foi conduzida, o que culminou no retorno de Iger ao comando da Disney em janeiro do ano passado, após três anos de afastamento.
Durante sua primeira passagem como CEO, entre 2005 e 2020, Iger focou no sucesso dos parques temáticos da empresa. Ao passar o bastão para Bob Chapek em 2020, Iger elogiou seu sucessor e expressou confiança no futuro da companhia. No entanto, as coisas não saíram como planejado, e Iger teve que reassumir o cargo.
Uma das primeiras medidas de Iger, anunciada em fevereiro de 2023, foi um plano de reestruturação das operações da Disney, visando cortar US$ 5,5 bilhões em custos. Essa decisão foi bem recebida pelos acionistas, incluindo Peltz, que na época afirmou que a Disney estava finalmente seguindo o caminho desejado.
No entanto, a trégua entre Peltz e a Disney foi de curta duração, e em breve as críticas à governança corporativa da empresa de entretenimento ressurgiram. Peltz tentou convencer os demais acionistas de que mudanças no conselho eram necessárias, chegando a propor a inclusão de seu nome e o de Jay Rasulo, ex-CFO da companhia.
Apesar dos esforços de Peltz, a tentativa de obter um assento no conselho foi frustrada em abril deste ano, quando o antigo conselho foi reconduzido para mais um mandato. Diante disso, Peltz optou por vender suas ações na Disney, que tiveram uma valorização de pouco mais de 12% neste ano.
Com a saída de Peltz, a Disney agora enfrenta o desafio de encontrar um sucessor para Iger e garantir a lucratividade de seus negócios de streaming, que incluem marcas como Disney+, Hulu e StarPlus. A empresa passa por um momento de grandes mudanças e embates corporativos, enquanto busca se adaptar a um cenário de constante evolução no setor de entretenimento.
Fonte: @ NEO FEED
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