Durante evento, presidente do Banco Central destaca importância da comunicação em desvios na meta fiscal. Analisou termos como autonomia do BC e custos elevados.
Durante um evento em Nova York, o presidente do BC brasileiro, Roberto Campos Neto, enfatizou a importância da relação entre a política monetária e a âncora fiscal. Segundo ele, quando não há essa percepção de existir de coordenação entre as duas âncoras, a atuação do banco central se torna mais desafiadora.
A coordenação entre política monetária e política econômica é fundamental para a estabilidade financeira, afirmou Campos Neto. Ele ressaltou que a política monetária eficaz depende de um ambiente favorável proporcionado por uma política econômica sólida.
Impacto da Mudança nas Regras Fiscais no Trabalho do Banco Central
Ao abordar como a alteração nas regras fiscais afeta a política monetária, o dirigente ressaltou a importância de os Bancos Centrais se absterem de comentários sobre políticas fiscais. No entanto, ele destacou que qualquer mudança que torne o rumo fiscal menos transparente ou crível resulta em custos mais elevados, impactando a condução da política monetária.
Em sua análise, o presidente do BC enfatizou que o mercado teve uma visão mais pessimista em relação ao cenário fiscal do que a meta efetivamente adotada. A manutenção das metas e o esforço contínuo para atingi-las são fundamentais, mas a comunicação eficaz se torna crucial em caso de desvios, pois a confiança na âncora fiscal reflexa diretamente na âncora monetária.
Autonomia do Banco Central e Escolha de Administradores
O presidente do Banco Central ressaltou a luta pela autonomia da instituição, destacando a prerrogativa do presidente da República na escolha dos administradores. Salientou que a decisão cabe ao chefe do executivo e que interferir no processo não seria adequado, dada a natureza altamente técnica da instituição.
Frisou a importância da transição suave entre gestores, ressaltando a continuidade da agenda de inovação já estabelecida. A colaboração entre ele e seu antecessor durante o período de transição foi descrita como tranquila, demonstrando a importância da estabilidade e do foco técnico na condução das atividades do Banco Central.
Continuidade e Autonomia do Banco Central
Para o presidente do BC, a autonomia da instituição confere independência ao ocupante do cargo, garantindo a separação entre a autoridade monetária e o governo. Expressou seu desejo de que essa independência seja preservada, ressaltando a liderança técnica e o mandato claro que guiam as ações do Banco Central.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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