Ruy Castro lança crônicas sobre o músico e revela a profundidade da história brasileira, mostrando como ele está à sombra de uma árvore que já não existe mais.
Tom Jobim é um dos maiores nomes da música brasileira, conhecido por suas composições atemporais e genialidade musical. Sua contribuição para a bossa nova e a MPB é inestimável, deixando um legado que inspira gerações até hoje. Tom Jobim, também conhecido como ‘maestro soberano’, conquistou o coração do público com sua música única e inconfundível.
Além de ser um renomado músico e compositor, Tom Jobim era um exímio maestro, capaz de conduzir orquestras com maestria e sensibilidade. Sua habilidade em unir melodias e arranjos complexos o torna uma figura icônica no cenário musical brasileiro. A genialidade de Tom Jobim transcende gerações, mantendo-se como uma referência incontestável no mundo da música.
Explorando a Profundidade de Tom Jobim
Em seus projetos de contar vidas, ele poderia muito bem ter dedicado um livro ao renomado maestro, compositor e músico Tom Jobim, conhecido por obras-primas como Chega de Saudade e Garota de Ipanema, em colaboração com Vinicius de Moraes. Ele é, sem dúvida, uma figura icônica na história da música brasileira.
Recentemente, o autor lançou O ouvidor do Brasil – 99 vezes Tom Jobim, uma coletânea de crônicas que promete encantar os fãs do maestro e os amantes de boa literatura. Este livro marca os 30 anos desde a morte do compositor. Em uma entrevista exclusiva ao NeoFeed, o autor revelou detalhes fascinantes sobre a obra.
Ao ser questionado sobre as surpresas que os leitores podem encontrar neste volume, ele compartilhou: ‘Depois dos grandes painéis, é como se agora eu estivesse vendo Tom por um microscópio — explorando o seu lado menos visível, suas preferências pessoais, hábitos, amizades e, principalmente, sua dedicação à causa do ambiente, antes mesmo do Brasil reconhecer essa importância.’
O autor nunca considerou escrever uma biografia completa de Tom Jobim, pois acredita que, após ter escrito Chega de Saudade, revisitar esses detalhes seria redundante. Ele também recusou pedidos para biografar Vinicius de Moraes, citando a falta de altos e baixos na vida de Tom como um obstáculo para tal empreitada.
A editora americana que procurou uma biografia imediata de Tom após sua morte foi prontamente recusada, pois o autor e o editor concordaram que era necessário tempo para uma abordagem mais cuidadosa. O maestro e compositor teve um papel fundamental na evolução da bossa nova, como destacou o autor: ‘Sem João Gilberto, Tom teria contribuído para a bossa nova de qualquer maneira, mas a parceria resultou em obras-primas inigualáveis.’
A antologia ‘O ouvidor do Brasil – 99 vezes Tom Jobim’ é dividida em quatro partes significativas, cada uma revelando diferentes aspectos da vida e obra do músico. A primeira se concentra em sua paixão pelo meio ambiente e sua atuação como ambientalista. Os textos selecionados foram originalmente publicados entre 2007 e 2023, na coluna do autor no jornal Folha de S. Paulo, trazendo à tona a essência de um dos maiores talentos da música brasileira.
Fonte: @ NEO FEED
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