Grupo Gaeco prendeu 12 alvos em operação intensa de combate ao crime, com tiros, na manhã desta terça-feira.
RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA DE NOTÍCIAS) – A Polícia Civil e o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) realizam uma ação nesta quarta-feira (22), em três regiões, contra CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) envolvidos em esquema de tráfico de armas e explosivos.
Os Colecionadores e Atiradores são suspeitos de integrar uma rede criminosa que abastece facções criminosas com armas de fogo ilegais. A investigação aponta que os Desportivos e Caçadores forneciam armamentos de uso restrito para o mercado negro, alimentando a violência na região.
CACs sob investigação em operação contra o crime
Na modalidade de crime conhecida como Novo Cangaço, membros de organizações criminosas agem de forma intensa, cercando cidades e causando terror com troca intensa de tiros. Geralmente, atacam agências bancárias e caixas eletrônicos, como parte de suas ações de combate ao crime. Segundo informações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), 12 alvos da operação foram detidos até a manhã desta terça-feira, com um indivíduo ainda foragido. Entre os detidos, quatro possuem registro como CACs, enquanto os demais têm diferentes profissões, como vigilante, comerciante e sem profissão registrada.
De acordo com o delegado Jeferson Di Schiavi, a investigação busca esclarecer se os indivíduos detidos eram integrantes do PCC e se utilizaram a legislação sobre CACs para obter armamentos e repassá-los à facção criminosa, ou se eram CACs que foram recrutados pela organização paulista. Ainda em andamento, a investigação procura determinar se as armas eram comercializadas ou alugadas para as atividades do PCC.
O delegado destacou o arsenal encontrado em posse dos CACs detidos, incluindo fuzis, granadas caseiras, armas legais e ilegais. A investigação revelou planos dos criminosos para realizar uma nova ação do Novo Cangaço, com a descoberta de materiais como fardamentos policiais, coletes balísticos e outros equipamentos durante buscas no Maranhão.
A organização criminosa em questão é conhecida por sua violência, tendo executado várias pessoas no Piauí. Responsável por uma série de mortes em disputas por pontos de tráfico de drogas, tanto no sul do Piauí quanto em Osasco, São Paulo, o grupo é considerado extremamente perigoso.
No total, foram cumpridos 13 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão domiciliar em diversas cidades, incluindo São Paulo, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Piracicaba, entre outras. A investigação teve início após uma tentativa de roubo em abril de 2023, em Confresa, Mato Grosso, resultando na prisão de cinco suspeitos e na morte de 18 indivíduos em confronto com as autoridades.
A Promotoria revelou que ações semelhantes foram financiadas por membros do PCC envolvidos no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Além disso, a investigação apontou que os principais fornecedores de armas e munições para o PCC são os CACs.
O delegado informou que a organização criminosa esteve por trás de pelo menos quatro ataques do Novo Cangaço em diferentes cidades nos últimos anos. A operação resultou no bloqueio de contas e no sequestro de bens no valor de até R$ 4 milhões, com o apoio operacional de equipes da Rota, da 10ª Companhia de Força Tática e do 10º BAEP da Polícia Militar.
Investigação e prisões de CACs em operação no Nordeste
Em outra ação na manhã de hoje, a operação contra o crime focou em policiais e CACs em uma região do Nordeste.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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