Inpe registra 2.527 focos de incêndio no bioma. Dados indicam início do fogo por ação humana.
As queimadas no Pantanal estão devastando uma área superior a 600 mil hectares de vegetação. Os incêndios no Pantanal neste período já ultrapassam os registrados durante todo o primeiro semestre de 2020. Segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desde o início do mês de junho, já foram contabilizados mais de 2,5 mil focos de fogo no bioma. Receba as últimas atualizações diretamente no WhatsApp!
No entanto, a situação das queimadas, incêndios e fogo no Pantanal continua alarmante, representando uma ameaça constante à biodiversidade e ao ecossistema da região. É crucial que medidas urgentes sejam tomadas para conter a propagação do fogo e proteger a rica fauna e flora do bioma. A conscientização e a ação coletiva são essenciais para preservar o Pantanal para as gerações futuras.
Pantanal: Desafios Enfrentados pelas Queimadas e Incêndios
De acordo com o biólogo e diretor de Comunicação da ONG SOS Pantanal, Gustavo Figueirôa, os dados alarmantes revelam que mais de 676 mil hectares do Pantanal já foram consumidos pelo fogo, o que equivale a mais de quatro cidades de São Paulo. Figueirôa destaca que a maioria dos focos de incêndio na região têm origem na ação humana, um fator preocupante que tem contribuído para a devastação do bioma.
A situação crítica do Pantanal é evidenciada pela escassez de chuvas, tornando este ano potencialmente o mais seco da história do bioma. A área alagada do Pantanal, que normalmente fica submersa por mais de seis meses, está atualmente 61% abaixo da média histórica. Esse cenário seco e quente torna a vegetação do Pantanal altamente suscetível ao alastramento do fogo, agravando ainda mais a situação já delicada.
Em entrevista recente ao Terra Agora, veiculada nesta quinta-feira, 27, especialistas alertaram para a gravidade dos incêndios que assolam o Pantanal e ressaltaram a influência da ação humana nesse cenário preocupante. Marina Silva também destacou que a ocorrência de incêndios na região está diretamente ligada à intervenção humana, um alerta para a necessidade de ações urgentes para conter a destruição do bioma.
Uma nota técnica emitida pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelou que nos meses de março, maio e junho, nenhum foco de incêndio teve origem em raios. Pelo contrário, a maioria dos incêndios começou nas proximidades dos rios Paraguai e Paraguai Mirim, próximos à cidade de Corumbá, locais densamente habitados e onde o uso tradicional do fogo é comum.
A ação humana, mesmo que inadvertida, ao manipular o fogo para diversas atividades, representa um risco significativo de desencadear incêndios florestais incontroláveis. É fundamental conscientizar a população sobre os perigos associados à queima de vegetação, especialmente em um bioma tão sensível como o Pantanal. O programa Terra Agora, que vai ao ar todas as quintas-feiras às 17h, busca informar e sensibilizar o público sobre a importância da preservação do Pantanal e de medidas para mitigar os impactos causados pelos incêndios.
Fonte: @ Terra
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