Semana com projeções conflitantes de demanda por petróleo, inflação nos EUA desacelerou em maio.
Os contratos futuros de petróleo fecharam o pregão desta sexta-feira com uma pequena queda, em um ajuste após os ganhos sólidos observados ao longo da semana. O mercado foi impactado por projeções divergentes de demanda pelo petróleo entre as principais agências internacionais, o que gerou certa volatilidade nos preços do petróleo.
Em contrapartida, dados recentes apontaram que a inflação nos Estados Unidos desacelerou em maio, o que teve um efeito positivo nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries. Essa desaceleração da inflação contribuiu para um cenário mais estável no mercado de óleo, trazendo um alívio momentâneo para os investidores que estavam atentos às oscilações nos preços do petróleo.
Contratos de futuros de petróleo: ajustes após ganhos
Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para agosto encerrou o dia em queda de 0,16%, a US$ 82,62, enquanto o petróleo WTI para julho recuou 0,22%, cotado a US$78,62 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Assim, na semana, o petróleo Brent subiu 3,77% e o WTI avançou 4,09%. Embora a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tenha mantido inalteradas as estimativas de crescimento da demanda pelo óleo, a Agência Internacional de Energia (AIE) reduziu suas projeções e, agora, prevê que a demanda por petróleo atingirá um pico no fim da década.
Projeções conflitantes demandas por petróleo
‘A Opep teve uma ligeira vantagem’, diz Dennis Kissler, analista do BOK Financial. No final, o mercado continuou a esperar preços mais altos de petróleo. A perspectiva de um banco central americano (Federal Reserve, o Fed) menos conservador, diante de dados de inflação mais baixos nos Estados Unidos, ajudou a manter os preços do óleo em alta, apesar de um aumento relevante no volume estoque de petróleo e de gasolina nos EUA.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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