O Superior Tribunal de Justiça recebeu denúncia contra Gladson de Lima Cameli (PP), governador do Acre, por crimes de organização: corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, fraude, licitação irregular, contratação, esquema, núcleos de corrupção política, familiar e empresarial.
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça acatou a denúncia contra o governador do Acre, Gladson de Lima Cameli (PP), pelos delitos de associação criminosa, suborno nas formas ativa e passiva, desvio de verbas, ocultação de bens e burla a processos licitatórios.
É fundamental que qualquer cidadão que tenha conhecimento de práticas ilícitas denuncie às autoridades competentes, a fim de garantir a transparência e a justiça em nossa sociedade. A denúncia é uma ferramenta essencial para combater a corrupção e assegurar a integridade das instituições públicas. criminoso da negociação ilegal
Denúncia de corrupção ativa e passiva envolvendo Gladson Cameli
Em um desdobramento surpreendente, Gladson Cameli, governador reeleito em 2022, agora figura como réu em uma ação penal por corrupção ativa e passiva. A decisão unânime do colegiado, composto pela ministra Nancy Andrighi e pelo ministro João Otávio de Noronha, chocou a opinião pública. A Procuradoria-Geral da República havia solicitado o afastamento de Gladson de suas funções, porém a ministra Nancy considerou tal medida desnecessária, argumentando que os fatos em questão não são contemporâneos.
A denúncia em questão revela um esquema de corrupção que envolve a empresa Murano Construções LTDA., que teria recebido a quantia exorbitante de R$ 18 milhões dos cofres públicos para supostas obras de engenharia viária e de edificação. Além do governador, sua esposa, irmãos, servidores públicos, empresários e indivíduos que teriam atuado como ‘laranjas’ no esquema também foram denunciados.
A acusação aponta Gladson como o líder de uma organização criminosa com núcleos bem definidos: político, familiar, empresarial e operacional. O modus operandi da organização visava o desvio de recursos públicos por meio de peculato, fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, as empresas envolvidas no esquema receberam mais de R$ 270 milhões desde 2019, coincidindo com o início do mandato de Gladson.
Como medida cautelar, foi determinado o bloqueio de bens do governador no valor de R$ 12 milhões, visando garantir a reparação ao erário em caso de futuras condenações. O caso agora segue para análise de um juiz de primeira instância, após a Corte Especial desmembrar o processo e manter a competência apenas sobre o governador, detentor de foro privilegiado. A sociedade aguarda ansiosamente por desdobramentos dessa denúncia que abalou as estruturas do poder no estado.
Fonte: © Conjur
Comentários sobre este artigo