Moraes na Itália, em evento na Universidade de Siena, envolvido em crime de difamação, sob investigação do delegado Hiroshi.
A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta segunda-feira (3), por crime de difamação o empresário Rodrigo Mantovani Filho, a esposa dele Andreia Munarão e Alex Zanatta Bignotto por difamação contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Os acusados teriam cometido o delito em 14 de julho do ano anterior, no Aeroporto de Fiumicino, em Roma.
As autoridades também investigam a possibilidade de acusação falsa por parte dos réus, que teriam difamado o ministro do STF de forma injusta e sem fundamentos. A PF segue apurando os detalhes do caso para esclarecer as circunstâncias que envolvem a difamação e a possível acusação falsa ocorridas no Aeroporto de Fiumicino.
Investigação sobre Difamação e Agressão Física no Exterior
Moraes encontrava-se na Itália, participando de um evento na renomada Universidade de Siena. Após o primeiro inquérito, conduzido pelo delegado Hiroshi de Araújo Sakaki, não resultar em acusações formais, o relatório apontou que Mantovani Filho estava envolvido em uma acusação de injúria real contra Alexandre Barci, filho de Moraes. Hiroshi justificou a falta de acusação com base em uma instrução normativa que impede o indiciamento em casos de crimes considerados de menor potencial ofensivo, como a injúria. Além disso, argumentou que a lei penal brasileira não se aplicava a eventos ocorridos no exterior.
A suposta agressão teve início com Roberto Mantovani, acompanhado por sua esposa Andrea Munarão, que teria proferido ofensas como ‘bandido, comunista e comprado’ contra o ministro. Mantovani Filho chegou a desferir um golpe no rosto do filho de Moraes, resultando na queda dos óculos do jovem. A Polícia Federal, ao analisar imagens do Aeroporto Internacional de Roma, concluiu que o casal pode ter ofendido, injuriado ou caluniado o ministro e seu filho.
O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos acusados em Santa Bárbara d’Oeste, interior de São Paulo. Durante os depoimentos, os envolvidos negaram veementemente as acusações de difamação e agressão física contra Moraes e sua família.
O advogado de defesa do casal, Ralph Tórtima, afirmou que Mantovani negou ter agredido o ministro, destacando que o conflito se deu com um jovem desconhecido no local. Apenas após retornarem ao Brasil e serem abordados pela Polícia Federal é que tomaram conhecimento da identidade do filho do ministro.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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