Médicos devem realizar procedimentos; Brasil registra 10 mil BOs por exercício ilegal da medicina entre 2012 e 2023.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou um comunicado alertando que somente profissionais da medicina estão autorizados a realizar procedimentos estéticos invasivos. De acordo com o CFM, mais de 10 mil boletins de ocorrência e processos judiciais por crime de exercício ilegal da medicina foram contabilizados no Brasil entre os anos de 2012 e 2023.
O CFM, Conselho Federal de Medicina, reforça a importância de respeitar as normas éticas e legais que regem a prática médica no país. É fundamental que a população esteja ciente de que apenas médicos devidamente habilitados pelo Conselho Federal de Medicina estão aptos a realizar intervenções estéticas invasivas. A atuação de profissionais não autorizados pelo CFM pode acarretar sérias consequências legais, conforme os registros de boletins de ocorrência e processos judiciais mencionados anteriormente.
CFM: Comunicado sobre procedimentos estéticos invasivos
O Conselho Federal de Medicina emitiu um comunicado importante, informando apenas sobre os procedimentos estéticos invasivos. Recentemente, um trágico incidente ocorreu em São Paulo, envolvendo a morte de um jovem após realizar um peeling de fenol. O CFM ressaltou a gravidade do caso, destacando a necessidade de que tais procedimentos sejam realizados por profissionais qualificados.
No caso em questão, o empresário Henrique Silva Chagas faleceu após a intervenção estética em uma clínica. A polícia está investigando o ocorrido como homicídio com dolo eventual. O CFM enfatizou que procedimentos desse tipo devem ser conduzidos por médicos especializados em dermatologia ou cirurgia plástica, em ambiente adequado e seguindo as normas sanitárias.
De acordo com o CFM, a segurança dos pacientes durante procedimentos estéticos invasivos é fundamental. É crucial que os profissionais estejam preparados para intervir imediatamente em caso de complicações. O órgão alertou para a importância de se evitar práticas negligentes que possam colocar vidas em risco.
Além disso, o CFM ressaltou a necessidade de fiscalização rigorosa por parte dos órgãos competentes, como a Anvisa, para garantir que as clínicas e profissionais estejam em conformidade com as normas de segurança. A entidade também solicitou um maior controle na venda de medicamentos e insumos médicos, visando proteger a saúde dos pacientes.
Boletins de ocorrência e processos judiciais têm sido registrados em relação ao exercício ilegal da medicina. Dados do CFM indicam que, entre 2012 e 2023, houve cerca de 10 mil casos documentados em diversos estados brasileiros. Essas situações resultaram em prejuízos financeiros, danos morais e até mesmo mortes de pacientes.
O CFM reforçou que a prática ilegal da medicina, especialmente em procedimentos invasivos, representa um sério risco à saúde pública. A Lei do Ato Médico estabelece que apenas profissionais devidamente qualificados podem realizar tais procedimentos, visando garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes.
Em relação ao peeling de fenol, o CFM alerta para os riscos envolvidos e a importância de ser realizado por profissionais capacitados. A inserção ou aplicação de substâncias que ultrapassam as camadas superficiais da pele requer habilidades técnicas específicas, que só são adquiridas por meio da formação médica adequada. É essencial que os pacientes estejam cientes dos perigos associados a procedimentos estéticos invasivos e busquem sempre profissionais qualificados e devidamente habilitados.
Fonte: @ Veja Abril
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