Saldo do Dia: Contingenciamento de gastos e nova composição das eleições impulsionam índice. Destaques: siderurgia, bancos e empresas com ganhos de 3,2%.
A bolsa brasileira teve um desempenho positivo diante da confirmação do ajuste fiscal de R$ 15 bilhões pelo Governo. Com essa medida, a projeção do superávit primário do governo central para 2024 é de um déficit de R$ 28,8 bilhões, equivalente a aproximadamente 0,25% do PIB, dentro do âmbito fiscal estabelecido. O Ibovespa registrou um avanço de 0,19%, atingindo os 127.860 pontos.
A situação fiscal do país tem sido acompanhada de perto pelos investidores, que reagem às notícias sobre o risco fiscal e as ações de fiscalização do governo. É fundamental manter um equilíbrio nas contas públicas para garantir a estabilidade econômica e a confiança dos mercados. A transparência e a eficiência na gestão fiscal são essenciais para o desenvolvimento sustentável do Brasil.
Quadro Fiscal Atualizado e Tendências de Risco Fiscal
O índice de mercado apresenta um crescimento de 3,2% em julho, enquanto no acumulado do ano registra uma queda de 4,7%. O volume de negociações atingiu R$ 12,5 bilhões, superando a média de R$ 16,7 bilhões nos últimos 12 meses.
A situação fiscal do país continua sob escrutínio, com a confirmação de que a meta fiscal pode ser atingida, embora com um déficit, o que não corresponde às expectativas do mercado. Essa situação delicada levanta dúvidas sobre a sustentabilidade das contas públicas e pode ser interpretada como um sinal de afrouxamento pelos agentes econômicos.
O governo anunciou um contingenciamento de recursos no Orçamento, com um corte de R$ 8,3 bilhões em despesas discricionárias em relação ao relatório anterior. A incerteza paira sobre as áreas que serão afetadas por essa medida e sobre os impactos futuros.
Apesar do alívio proporcionado pela projeção de um resultado primário positivo, o mercado permanece apreensivo em relação à estrutura fiscal do Brasil. As projeções recentes indicam uma redução nas previsões de receitas e um aumento nas despesas, o que mantém a preocupação em alta.
A educadora financeira Hemelin Mendonça ressalta a importância de melhorar a situação fiscal do país para reduzir o risco fiscal e atrair investidores. As projeções do Boletim Focus para o PIB, o dólar e a inflação refletem a necessidade de reformas nesse sentido.
No cenário internacional, a mudança no panorama eleitoral dos Estados Unidos gerou repercussões nos mercados, com impactos mais discretos no Brasil e mais acentuados no exterior. A desistência de Joe Biden da reeleição e a entrada de um novo candidato republicano aumentaram a incerteza sobre o resultado das eleições.
A desvalorização do dólar em relação a outras moedas, incluindo o real, foi influenciada pela perspectiva de um novo presidente nos EUA. Essa movimentação cambial, somada à expectativa de melhora na situação fiscal, contribuiu para a redução do prêmio de risco nas taxas de juros futuros.
Os juros brasileiros apresentaram variações positivas, com a Taxa de Depósito Interfinanceiro para janeiro de 2025 caindo de 10,68% para 10,65%. Os investidores estão atentos às expectativas em relação à Selic e ao cumprimento das metas fiscais para traçar suas estratégias de investimento a longo prazo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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