“Realizou-se levantamento de 89 hospitais paulistas: 67% em capital e Grande São Paulo, 33% no interior. Trataram de pacientes com sintomas respiratórios agudos graves (SRAG), infecções pelo vírus sincicial respiratorio (VSR). Quatroquentes de 2021, clima mais frio e seco, maior aglomeração.”
De acordo com dados apurados pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), 96% dos hospitais do estado registraram crescimento nas internações de pacientes com dengue e síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nas últimas duas semanas.
O aumento das internações por dengue e SRAG tem gerado impacto significativo nos hospitalizações em São Paulo, demandando maior atenção e recursos por parte das instituições de saúde para garantir o atendimento adequado aos pacientes afetados. É fundamental que medidas preventivas sejam reforçadas para controlar a propagação dessas doenças e reduzir a sobrecarga nos hospitais da região.
Levantamento de Internações em Hospitais Paulistas
Um recente levantamento realizado entre os dias 3 e 13 de maio revelou dados preocupantes sobre internações em hospitais paulistas. O estudo abrangeu 89 instituições privadas, com 67% delas situadas na capital e Grande São Paulo, e os restantes 33% no interior do Estado.
De acordo com as informações coletadas, a maioria das internações em leitos clínicos está relacionada a crianças diagnosticadas com síndrome respiratória aguda grave (SRAG), frequentemente associada a complicações decorrentes de influenza (gripe) e infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR). As hospitalizações nesse grupo específico variaram de 21% a 30% em 60% dos hospitais analisados. Já em adultos, as internações por SRAG aumentaram 5% em metade das instituições.
No que diz respeito à dengue, 42% dos hospitais participantes do estudo reportaram um crescimento nas hospitalizações de 21% a 30%. Destaca-se que crianças com até 2 anos são as mais afetadas pelo VSR, um dos principais agentes causadores de SRAG.
É relevante mencionar que, em termos de atendimentos gerais, a faixa etária mais atingida pela dengue é de 30 a 50 anos, representando 84% dos casos. Já no caso de SRAG, essa mesma faixa etária corresponde a 69% dos atendimentos, sugerindo uma maior incidência em adultos, embora as crianças sejam mais frequentemente hospitalizadas.
Quanto às internações em unidades de terapia intensiva (UTI), 26% dos hospitais observaram um aumento de 21% a 30% devido à dengue, enquanto 70% registraram um acréscimo de 5% na ocupação de leitos por essa arbovirose. Em relação à SRAG, cerca de 5% dos hospitais relataram um aumento expressivo de 90% nas ocupações de leitos de UTI, tanto pediátricos quanto adultos.
Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, ressaltou que o aumento de doenças respiratórias graves é comum nesta época do ano, devido ao clima mais frio e seco do outono, que propicia condições favoráveis para infecções respiratórias. Ele enfatizou a importância da vacinação contra a gripe e de medidas preventivas para evitar complicações.
Por fim, o estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destacou que o VSR foi responsável por mais óbitos por SRAG em crianças menores de 2 anos do que a covid-19, durante a 16ª semana epidemiológica do ano. Esse vírus é um dos principais agentes causadores de infecções respiratórias agudas em crianças nessa faixa etária, sendo associado a casos de bronquiolite e pneumonia.
Fonte: @ Estadão
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