Após seis meses, mercado de ações no Brasil patina, mas junho traz alívio. Executivo, BC, EUA e bolsa têm respiro. Volume de negociações ligeiramente presente.
O B3 já subiu quase 5% no mês, a disputa entre Executivo e Banco Central e Planalto e Congresso também continuam a todo vapor; apesar disso, o Ibovespa está prestes a encerrar junho com lucros em comparação ao mês anterior. Desde o começo do ano, apenas fevereiro terminou no positivo. Os outros meses foram de puro ‘sofrimento’.
No mercado de ações, o B3 tem mostrado resiliência diante das turbulências políticas e econômicas. O índice de ações tem refletido a volatilidade do cenário atual, mas ainda assim, a bolsa de valores segue em movimento. Acompanhar o desempenho do B3 é essencial para entender as tendências do mercado financeiro e tomar decisões estratégicas.
B3; em alta com ganhos de 1,36% e acumulações no mercado de ações
O índice acionário da B3; fechou o pregão com um aumento de 1,36%, atingindo a marca de 124.308 pontos. No mês, o índice registra uma alta de 1,81%, enquanto no acumulado do ano apresenta uma queda de 7,36%. O volume de negociações na bolsa se manteve estável, alinhado com os R$ 17 bilhões movimentados nos últimos 12 meses, após uma sequência de pregões com baixo volume de negócios. O noticiário internacional foi favorável ao mercado de ações, impulsionando a B3;.
No cenário externo, os investidores demonstraram uma leve inclinação ao risco após o anúncio do PIB dos Estados Unidos indicar uma desaceleração da atividade econômica no país. Além disso, as declarações de um membro do Banco Central americano, sugerindo possíveis reduções nas taxas de juros ainda este ano, contribuíram para o clima positivo na bolsa. Esses fatores impactaram não apenas o mercado de ações, mas também a curva de juros, resultando na queda das taxas dos títulos públicos americanos.
A valorização do dólar, que subiu cerca de 5% no mês, foi amenizada pela redução das taxas de juros nos EUA. Em contrapartida, o dólar comercial teve uma leve queda de 0,20% nesta quinta-feira, sendo negociado a R$ 5,51. No acumulado do ano, a moeda americana apresenta uma alta de 13,5%. Apesar da recente alta do Ibovespa, o índice ainda está distante da máxima histórica de 134 mil pontos, alcançada em dezembro de 2023.
Para os investidores que acompanham de perto as movimentações do mercado de ações, é importante ressaltar que o Ibovespa mantém um desempenho 5,70% superior ao mesmo período do ano anterior. Com a expectativa de uma possível redução das taxas de juros nos EUA no segundo semestre, há a possibilidade de um cenário favorável para a bolsa brasileira, semelhante ao observado nos últimos meses de 2023.
Apesar dos desafios apresentados pelo cenário internacional, com a desaceleração da economia chinesa, a fragilidade da economia europeia e a solidez da economia americana, que mantém a inflação sob controle, a B3; enfrenta também questões internas relacionadas às contas públicas. O mercado pressiona por cortes de gastos, enquanto o governo busca aumentar a arrecadação, o que levanta preocupações sobre o impacto na carga tributária e no ambiente de negócios.
A incerteza em relação ao cenário fiscal tem impulsionado os juros futuros, que já vinham sendo influenciados pelas taxas de juros nos Estados Unidos. O aumento dessas taxas na maior economia do mundo exige que os mercados emergentes ofereçam prêmios atrativos para atrair investidores. A perspectiva de um ambiente de negócios mais desafiador tem levado a um aumento nas taxas de juros futuros, refletindo as preocupações com a situação fiscal do país.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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