Brasil ampliou atendimentos a homens. Conheça ações da PNAISH: expectativas, contribuições sociais, riscos, sexualidades, emoções, modos tradicionais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as expectativas sociais em relação aos homens — de serem provedores de suas famílias; terem condutas de risco; serem sexualmente dominantes; evitarem discutir suas emoções ou procurar ajuda — estão contribuindo para maiores taxas de suicídio, homicídio, vícios e acidentes de trânsito, bem como para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis.
Essas questões ressaltam a importância de promover o bem-estar e o cuidado masculino, além de incentivar a busca por apoio e orientação em relação à saúde masculina. É fundamental quebrar estereótipos e tabus que possam prejudicar o bem-estar e a qualidade de vida dos homens, garantindo que eles tenham acesso a informações e recursos para cuidar de sua saúde de forma integral e preventiva.
Explorando as Masculinidades e o Bem-Estar do Homem
O relatório sobre ‘Masculinidades e saúde na região das Américas’ ressalta a importância de discutir as expectativas sociais em torno da saúde masculina. Os modos tradicionais de condutas masculinas muitas vezes influenciam a forma como os homens encaram o cuidado e a busca por ajuda. Infelizmente, essas visões podem levar os homens a negligenciarem sua saúde, considerando-a como sinal de fraqueza.
No Dia Nacional do Homem, celebrado em 15 de outubro, o Ministério da Saúde destaca a Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem (PNAISH) como uma ferramenta essencial para promover o cuidado masculino. A PNAISH tem como objetivo principal alterar a percepção dos homens em relação à sua saúde e bem-estar, além de influenciar positivamente aqueles ao seu redor.
É crucial derrubar as barreiras culturais que afastam os homens dos serviços de saúde e do autocuidado. No entanto, é encorajador observar que, no Brasil, houve um aumento significativo no número de atendimentos individuais a homens em 2023, totalizando mais de 119 milhões, representando um crescimento de 24,5% em relação ao ano anterior.
Em relação aos cuidados pré-natais, houve um aumento de 22,4% no número de consultas registradas entre 2022 e 2023, com mais de 69.688 consultas realizadas em 1.671 municípios. Esses dados refletem um progresso positivo na promoção da saúde masculina em todo o país.
Destacando o pioneirismo do Brasil na América Latina, o coordenador de Atenção à Saúde do Homem, Celmário Brandão, ressalta a importância da PNAISH como uma política de saúde específica para a população masculina. Os pilares dessa política incluem acesso, acolhimento, saúde sexual, paternidade, prevenção de doenças e violências, entre outros aspectos fundamentais.
Além disso, o Ministério da Saúde estabeleceu uma parceria com o Instituto Promundo para capacitar 15 mil profissionais de saúde em questões de paternidade e masculinidades. Essa iniciativa visa promover uma abordagem mais inclusiva e sensível às necessidades dos homens, incentivando seu envolvimento na paternidade e na promoção da equidade de gênero.
Embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado, ainda há uma disparidade em relação às mulheres, que vivem em média 7 anos a mais. A Organização Mundial da Saúde alerta que 1 em cada 5 homens nas Américas não atingirá os 50 anos de idade devido a comportamentos de risco à saúde. Portanto, é fundamental continuar promovendo a conscientização e ações para melhorar a saúde e o bem-estar masculino em toda a região.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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