Índice Dow Jones caiu 2,60% e o S&P 500 recuou 3%, maiores quedas desde setembro de 2022; já o Nasdaq desvalorizou 3,43%, maior queda desde 24 de julho, com receio de aversão ao risco.
As principais bolsas de valores de São Paulo encerraram a jornada com uma queda expressiva, refletindo a preocupação com a instabilidade econômica global após notícias desanimadoras sobre a produção industrial no Brasil. Os investidores demonstraram cautela diante do cenário de incerteza, resultando em um dia de baixa intensidade nos mercados.
Em contrapartida, o índice de câmbio do real registrou uma desvalorização significativa, impulsionada pela queda das exportações brasileiras em meio à desaceleração da economia mundial. A declínio do valor da moeda nacional frente ao dólar também contribuiu para a atmosfera de instabilidade financeira que marcou o dia nos mercados.
Queda Acentuada nos Índices de Mercado
Ao término das negociações, o índice Dow Jones registrou uma baixa de 2,60%, atingindo 38.703,27 pontos; o S&P 500 apresentou um declínio de 3%, fechando em 5.186,33 pontos; e o Nasdaq sofreu uma desvalorização de 3,43%, chegando a 16.200,08 pontos. Esta é a maior queda do Dow Jones e do S&P 500 desde 13 de setembro de 2021, quando tiveram quedas de 3,94% e 4,32%, respectivamente. A queda do Nasdaq é a mais significativa desde 24 de julho deste ano, quando despencou 3,64%.
As ações das grandes empresas de tecnologia foram as mais afetadas, com a Nvidia caindo 6,36%, a Apple recuando 4,8% e a Amazon perdendo 4,10%. O Nasdaq chegou a apresentar uma queda superior a 6%, enquanto o S&P 500 teve seu pior desempenho desde setembro de 2022.
O sentimento de aversão ao risco dos investidores foi agravado após dados do setor de serviços divulgados hoje indicarem uma tendência de queda. O índice de gerente de compras (PMI) de serviços dos EUA, medido pela S&P, registrou uma baixa para 55 em julho, em comparação com os 55,3 registrados em junho. Apesar da diminuição, o PMI permaneceu acima de 50, sinalizando expansão.
O PMI composto também apresentou uma diminuição ligeira, caindo para 54,3 em julho, ante os 54,8 de junho. Por outro lado, o índice de atividade econômica no setor de serviços, medido pelo ISM, expandiu em julho, atingindo 51,4 pontos e indicando a expansão do setor pela 47ª vez em 50 meses.
O receio de uma queda mais profunda na atividade econômica foi desencadeado pelos dados de emprego (‘payroll’) e pela atividade industrial de julho, que frustraram as expectativas dos investidores na semana passada. Esses dados aumentaram a possibilidade de um corte de 0,5 ponto percentual nas taxas de juros americanas. Diego Chumah, gestor de bolsa do fundo ASA Hedge, destaca que o mercado está enfrentando uma diminuição generalizada do risco devido a esses indicadores mais fracos de atividade.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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