Em 2024, 15 cidades tiveram aumento nos preços médios de alimentos básicos. Belo Horizonte teve alta de 0,06% e Fortaleza de 7,48%.
O preço da Cesta Básica teve uma redução em 17 cidades onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) conduz regularmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
Essa pesquisa analisa o custo dos alimentos essenciais que compõem a Cesta Básica, fornecendo informações importantes sobre a situação econômica das famílias brasileiras. A variação nos preços dos itens que compõem a Cesta Básica impacta diretamente o orçamento doméstico, refletindo a realidade do custo de vida no país.
Cesta Básica: Variações de Preços e Custos em Diferentes Capitais
Entre junho e julho de 2024, houve reduções significativas nos valores da Cesta Básica em várias regiões do país. O Rio de Janeiro registrou uma queda de -6,97%, seguido por Aracaju (-6,71%), Belo Horizonte (-6,39%), Brasília (-6,04%), Recife (-5,91%) e Salvador (-5,46%). Dentre os alimentos essenciais que tiveram diminuição de preço, destacam-se o quilo do tomate, que teve queda em 16 cidades, o feijão em 13 capitais, o arroz em 13 localidades e a batata em sete das 10 capitais da região Centro-Sul.
São Paulo liderou como a capital com o maior custo para o conjunto de alimentos básicos, atingindo R$ 809,77, seguida por Florianópolis (R$ 782,73), Porto Alegre (R$ 769,96) e Rio de Janeiro (R$ 757,64). Nas cidades do Norte e Nordeste, com composições diferentes na cesta básica, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 524,28), Recife (R$ 548,43) e João Pessoa (R$ 572,38).
Em julho de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da Cesta Básica foi de 105 horas e 08 minutos, uma redução em relação a junho. Em julho de 2023, a jornada média foi de 111 horas e 08 minutos. Durante os sete meses de 2024, 15 cidades tiveram aumento nos preços médios, variando entre 0,06% em Belo Horizonte e 7,48% em Fortaleza.
Comparando os valores da cesta entre julho de 2023 e julho de 2024, os custos dos alimentos básicos aumentaram em 11 cidades, com destaque para Goiânia (5,82%), Campo Grande (5,54%) e São Paulo (5,17%). Por outro lado, seis localidades tiveram queda nos preços, com Recife (-7,47%) e Natal (-6,28%) se destacando.
Considerando a cesta mais cara em julho de 2024, em São Paulo, e a necessidade de que o salário mínimo cubra as despesas básicas de uma família, o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.802,88 em julho de 2024, equivalente a 4,82 vezes o mínimo vigente de R$ 1.412,00. Em junho, esse valor era de R$ 6.995,44, correspondendo a 4,95 vezes o salário mínimo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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