Endividamento da Neo Química Arena em R$ cresceu no balancete de março devido à amortização da dívida bruta com a contratação de jogadores.
O Corinthians viu sua dívida crescer em R$ 130 milhões durante o primeiro trimestre de 2024, de acordo com o balancete de março divulgado recentemente e acessado pelo ge. A informação ainda não foi oficialmente divulgada no site do clube, mas revela um aumento significativo no endividamento.
Além do aumento da dívida, o Corinthians também enfrenta desafios com seu passivo financeiro, que tem impactado diretamente a gestão do clube. A administração terá que buscar soluções para lidar com o débito e garantir a sustentabilidade financeira a longo prazo.
Neo Química Arena: Impacto do Endividamento e Amortização da Dívida
De acordo com o balancete divulgado, a dívida bruta do Corinthians registrou um aumento significativo, passando de R$ 1,96 bilhão em dezembro de 2023 para R$ 2,1 bilhão em março deste ano. Deste montante, R$ 1,39 bilhão corresponde ao clube, enquanto R$ 717,8 milhões são relativos ao estádio, com financiamento junto à Caixa Econômica Federal.
O acréscimo na dívida do clube, especialmente pela Neo Química Arena, é atribuído aos encargos financeiros, incluindo juros, e a um leve aumento na inadimplência, conforme admitido pelo ex-diretor financeiro Rozallah Santoro. O Corinthians está avaliando novas estratégias para apresentar uma proposta visando a quitação do estádio, enquanto continua efetuando pagamentos de juros antes de iniciar a amortização do valor real da dívida.
Apesar do superávit de R$ 10,7 milhões no período, a cifra ficou aquém da previsão de R$ 35,9 milhões, resultando em um déficit de R$ 25,1 milhões. Esse desequilíbrio entre receitas e despesas evidencia a necessidade de ajustes na gestão financeira do clube.
A não concretização do superávit esperado em março, mesmo com a entrada de R$ 108 milhões provenientes da negociação de direitos econômicos de jogadores, como no caso de Gabriel Moscardo transferido para o PSG, contribuiu para o aumento da dívida. Os investimentos em contratações de atletas e o pagamento de multas, como na rescisão do contrato com o técnico Mano Menezes, impulsionaram a elevação do passivo. Vale ressaltar que as dívidas parceladas também são consideradas nesse contexto.
Apesar dos desafios financeiros e da instabilidade inicial na gestão, o Corinthians realizou a contratação de 11 jogadores, totalizando cerca de R$ 130 milhões em investimentos, conforme dados oficiais do clube. Este montante refere-se apenas à primeira janela de transferências do ano, sem contemplar os futuros aportes previstos para a aquisição de novos reforços.
A perspectiva é de que os problemas de fluxo de caixa do Corinthians se agravem após a rescisão do contrato de patrocínio com a VaideBet, que representaria um montante total de R$ 370 milhões ao longo de três anos. Em comunicado interno, o clube explicou o atraso no pagamento dos salários dos colaboradores, sinalizando desafios adicionais no cenário financeiro.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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