Tini não poderá ser administrador de empresa aberta, conselheiro fiscal ou de entidade do sistema financeiro, por decisão da Comissão de Valores Mobiliários.
O grupo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) desabilitou o empreendedor Silvio Tini de Araújo, integrante de vários conselhos de companhias abertas, por 5 anos após decisão relacionada à disseminação de dados importantes ainda não divulgados da Alpargatas em 2017.
As informações relevantes são essenciais para o mercado financeiro, garantindo transparência e equidade nas negociações. Manter a integridade ao lidar com dados importantes é fundamental para a credibilidade do sistema financeiro como um todo.
Decisão do colegiado afeta Tini e outros envolvidos em uso de informação relevante
Tini, reconhecido como um dos acionistas mais influentes da Alpargatas, desfrutava de sua posição no conselho de administração da empresa. No entanto, uma decisão recente impactou diretamente sua atuação, proibindo-o temporariamente de assumir cargos de administrador ou conselheiro fiscal em companhias abertas, entidades do sistema de distribuição e outras organizações sujeitas à autorização da CVM.
Além de Tini, outros nomes foram citados nesse contexto. Caio Galli Carneiro, operador da Bradesco S.A.Corretora, e Júlio César da Silveira Rossi, ex-colega de mesa de Galli, foram condenados por utilizarem informações importantes de forma privilegiada (insider trading) em transações envolvendo ações da Alpargatas. Cada um deles terá que desembolsar R$ 200 mil como penalidade por essa conduta.
A decisão do colegiado reflete a importância de proteger a integridade do mercado financeiro, coibindo práticas que possam distorcer a igualdade de condições entre os investidores. A transparência e a ética nas relações comerciais são fundamentais para garantir a confiança dos agentes econômicos e a eficiência do sistema como um todo.
Essa situação evidencia a necessidade de um controle rigoroso sobre o uso de dados relevantes, evitando que informações privilegiadas sejam indevidamente exploradas em benefício de alguns poucos em detrimento da maioria. A atuação dos órgãos reguladores, como a CVM, é essencial para assegurar a lisura e a equidade no ambiente de negócios.
É fundamental que os administradores, conselheiros e demais envolvidos no mercado financeiro estejam cientes das responsabilidades e obrigações que regem suas atividades, a fim de evitar situações que possam comprometer a credibilidade do sistema. A disseminação de uma cultura de conformidade e governança é essencial para garantir a sustentabilidade e a confiança no mercado de capitais.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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