Há 30 anos, morria Dener, que iria para o Stuttgart. Ex-companheiro da Portuguesa, foi encontrado com sacola de dinheiro após treino da Lusa.
Era uma tarde de 18 de abril de 1994 quando Tico viu, pela última vez, Dener. Os ex-companheiros de Portuguesa se encontraram no estacionamento do Canindé, por acaso, após um treino da Lusa. Dener carregava uma sacola cheia de dinheiro, um hábito peculiar que sempre despertava curiosidade entre os colegas de time.
A lembrança daquele encontro entre Tico e Dener permanecia viva na mente do ex-jogador, que recordava com saudade os dias de glória nos gramados. A habilidade excepcional de Dener como jogador de futebol era admirada por todos, e sua presença sempre trazia um brilho especial aos treinos da equipe.
Dener: A promessa interrompida
Dener, o jogador talentoso que encantou a todos com seus dribles e arrancadas, teve sua trajetória interrompida de forma trágica. Seu destino estava prestes a mudar, com a venda ao Stuttgart, da Alemanha, mas a vida tinha outros planos. No momento em que confidenciou a novidade ao amigo, a empolgação pela oportunidade de disputar a Copa do Mundo pulsava em seu coração, repleto de sonhos e expectativas.
O acidente e a perda precoce
Infelizmente, a sacola cheia de dinheiro que ele carregava não era capaz de protegê-lo do destino cruel que o aguardava. A batida do Mitsubishi Eclipse 1992 contra a árvore fez silenciar a voz promissora de Dener, que dormia no banco do passageiro, aspirando os últimos suspiros de vida. O cinto de segurança, ao invés de salvá-lo, se tornou o trágico responsável por sua asfixia.
O legado e a incógnita
Trinta anos se passaram desde a fatídica madrugada de 19 de abril, e a pergunta persiste: e se Dener não tivesse partido tão cedo? Sua ascensão meteórica no futebol, desde os tempos na Portuguesa até os momentos de glória no Vasco, deixam a todos imaginando o que poderia ter sido. Os dribles, os gols, a promessa de uma carreira brilhante que se apagou abruptamente.
O talento inesquecível
Dener não era apenas um jogador habilidoso, era uma inspiração, uma chama que se apagou cedo demais. Comparado a ídolos como Romário, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, sua genialidade era reconhecida por todos. A torcida vascaína o enxergava como uma mistura de Garrincha com Pelé, tamanho era o impacto de seu talento nos gramados.
O eterno ‘E se?’
Enquanto a música das arquibancadas ecoava em homenagem a Dener, a incógnita permanece: como seria sua jornada no futebol europeu? Em meio a uma era em que os craques brasileiros eram disputados por clubes do Velho Continente, o potencial de Dener despertava considerações. Uma estrela em ascensão, cujo brilho foi apagado antes de atingir seu auge, deixando um vazio na história do esporte.
Fonte: @ ESPN
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