Técnico alemão, ídolo nacional aos 64 anos, relembra jornada inesquecível na campanha vitoriosa da Copa de 2014: “Brasil atordoado, não processavam as coisas”.
Uma década após o seu maior feito como treinador, Joachim Löw ainda reflete sobre os impactos do tetracampeonato mundial conquistado pela Alemanha sob sua liderança, na Copa de 2014. Joachim Löw, um dos nomes mais respeitados no mundo do futebol, deixou sua marca na história do esporte.
Com sua personalidade calma e estratégias inovadoras, o treinador alemão Joachim Löw conquistou o coração dos torcedores e o respeito de seus colegas de profissão. A trajetória de sucesso de Joachim Löw é um exemplo de dedicação e paixão pelo futebol, inspirando gerações futuras de treinadores a alcançarem seus objetivos no esporte.
Joachim Löw: O maior conquistador alemão
Estava tudo preparado para a entrevista em um hotel de Freiburg, cidade no Oeste alemão onde o treinador de 64 anos reside atualmente, porém a chegada do ídolo nacional alterou os planos: ao descobrir quem seria entrevistado, a gerência do hotel trocou o salão inicialmente reservado por outro, mais espaçoso e imponente. Uma homenagem especial a quem levou o futebol alemão ao topo pela última vez, em uma jornada inesquecível para a torcida e, é claro, para aqueles que testemunharam aquela campanha vitoriosa nos gramados brasileiros.
Joachim Löw relembrou com carinho aqueles dias de glória: ‘Eu recordo todos os dias daquela Copa com afeto, foi uma experiência única. Uma Copa do Mundo no Brasil é um torneio de futebol verdadeiramente singular. É uma lembrança que permanecerá para sempre. Fomos campeões mundiais, vivenciamos um torneio incrivelmente belo, repleto de emoções e momentos marcantes em nosso Campo Bahia’, mencionando o centro de treinamentos da Alemanha em Santa Cruz Cabrália, no litoral Sul da Bahia.
O técnico alemão, conhecido por seu estilo casual e elegante, mantém a postura mesmo após deixar o cargo de treinador da Alemanha em 2021. Desde então, sem atuar no futebol, Löw não se considera aposentado, apenas aguarda o momento certo para retornar ao comando de uma equipe. Apesar de não ser uma pessoa de demonstrações efusivas publicamente, ele chegou ao hotel antes do horário agendado, recebeu a reportagem com gentileza e prestatividade, e prontamente regravou algumas perguntas quando solicitado, visando garantir o melhor resultado na conversa. Afinal, o tema merecia toda a atenção possível.
Dez anos após aquele jogo memorável, Löw recorda o início da partida, uma semifinal de Copa do Mundo decidida em 30 minutos com os cinco gols da Alemanha: ‘Havia uma atmosfera frenética no estádio, os torcedores estavam extremamente emocionados e barulhentos durante o Hino Nacional brasileiro. No começo, o Brasil teve um desempenho um pouco melhor. Os brasileiros estavam cheios de energia e dinamismo, e nós precisamos nos adaptar nos primeiros dez minutos. O primeiro gol, de Thomas Müller aos 11 minutos, certamente nos deu confiança e clareza em nosso jogo.’
Sobre a pressão enfrentada pela seleção brasileira naquele momento, Löw comenta: ‘Sempre há uma pressão especial ao jogar uma semifinal em casa, todos esperam que você chegue à final, e é preciso lidar com isso. Ter a vantagem no placar sempre ajuda, e isso poderia ter beneficiado o Brasil. No entanto, também pode ter o efeito contrário. Houve uma certa incerteza, os jogadores ficaram paralisados. Era evidente que estavam perturbados e sem energia. Taticamente, estavam confusos, incapazes de processar as informações.’
Quanto ao intervalo da partida, Löw revela: ‘O que dizer a uma equipe que estava vencendo por 5 a 0 uma semifinal de Copa do Mundo, praticamente garantida na’
Fonte: © GE – Globo Esportes
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