Avaliar saúde financeira, verificar comprometimento da renda com pagamentos, como financiamentos e linhas de crédito.
Quitar as dívidas, poupar ou consumir? Essa é a questão inicial quando o cidadão verifica sua situação na Receita Federal e constata que a restituição do Imposto de Renda estará disponível em breve.
É importante considerar se é mais vantajoso liquidar as dívidas pendentes ou utilizar o valor para investir e assim evitar futuros débitos. Planejamento financeiro é essencial para garantir a saúde econômica e evitar preocupações futuras com o débito acumulado.
Situação na Receita: Consulta ao primeiro lote de restituição do IR 2024
Uma coisa é certa e unânime: gastar não é uma opção assertiva. Entre pagar dívidas ou investir, há alguns pontos a serem considerados antes de o crédito ser direcionado. Em primeiro lugar, é necessário considerar qual é o tipo de dívida, se está sendo paga em dia e se há dificuldade no orçamento para manter os pagamentos.
Se a dívida for relacionada ao uso do cheque especial, rotativo do cartão de crédito (pagamento mínimo da fatura) e parcelamento da fatura do cartão de crédito, é necessário quitá-la de forma imediata. Essas são as linhas de crédito com as maiores taxas de juros. De forma emergencial, recomenda-se substituir essas dívidas por financiamentos mais baratos, como o empréstimo pessoal, que possui juro mais baixo.
No entanto, é preciso ter cautela no momento de pegar outro crédito para quitar dívidas, para não correr o risco de precisar de mais empréstimos no futuro e aumentar o nível de endividamento. Crédito com garantia de algum bem, como imóvel ou veículo, ou ainda o consignado, podem vir a ser uma alternativa, mas ainda assim depende da situação financeira atual de cada indivíduo.
Se houver inadimplência e dificuldade de pagamento desse tipo de dívida, pode haver a perda de bens e de renda. Por isso, antes de realizar qualquer movimento nesse sentido, é importante organizar o fluxo de caixa, com anotações de receitas e despesas dos últimos meses, e construir um orçamento, para entender qual é o custo de vida e a capacidade de pagamento de parcelas de dívidas.
Restituição do Imposto de Renda: Momento de pesar entre quitar débitos ou investir
Finalizado esse processo e a restituição do imposto de renda creditado na conta, hora de pesar se é mais vantajoso quitar os débitos ou escolher uma modalidade de investimento. Uma vez que há o recebimento da restituição, é recomendado utilizar esse recurso para antecipar a quitação dos empréstimos no sistema bancário.
Mesmo alternativas de crédito de juros mais baixos ainda têm um custo maior do que o rendimento de aplicações financeiras conservadoras, que não trazem risco de perdas de capital. Como exemplo, uma aplicação de baixo risco, como o título do Tesouro Selic, que atualmente paga 10,5% ao ano, é citada. A rentabilidade será menor do que o que é cobrado em um empréstimo considerado de baixo custo como o consignado, que em média é de 22,4% ao ano, segundo o Banco Central.
Em um contexto financeiro mais confortável, no qual as dívidas não estejam comprometendo o orçamento, exista capacidade de pagamento do financiamento em dia, além das opções de investimento, é essencial analisar a melhor estratégia para equilibrar a situação financeira e evitar o acúmulo de dívidas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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