Município gaúcho de 4.900 hab. sofreu fortes chuvas no Vale do Taquari em setembro de 2021. Reconstrução da EMEF Castelo Branco acabou pouco antes, obtemos danos: rifas, mobiliário e objetos levados; obras concluídas antes das inundações.
A EMEI Família Alegre, creche municipal de ensino infantil em Muçum (RS), foi reinaugurada em 24 de fevereiro deste ano, em um sábado ensolarado, após as inundações que atingiram a região no mês anterior.
As inundações causaram sérios danos à estrutura da escola, mas graças aos esforços da comunidade local, a EMEI Família Alegre foi reconstruída e agora está pronta para receber os alunos novamente, mesmo diante do risco de novas enchentes devido às fortes chuvas que costumam ocorrer na região durante o verão.
Reconstrução e Reabertura Após Inundações
Nos cinco meses anteriores, desde as inundações que assolaram a cidade em 4 de setembro de 2023, voluntários e ONGs trabalharam incansavelmente para reabrir o que havia sido danificado pela água. Desde a parte elétrica até os livrinhos e brinquedos das crianças, muitas coisas com valor sentimental foram perdidas. Mas a reabertura foi um alívio momentâneo: em maio de 2024, a tragédia voltou a assombrar a região.
O colégio, que havia sido reaberto pouco antes, agora está novamente coberto pela lama das enchentes históricas que assolam o Rio Grande do Sul desde o fim de abril. A diretora Alice Lorenzon expressa sua preocupação: ‘Agora, tudo de novo, e ainda pior. Como vamos lidar com isso? Vamos reconstruir tudo, apenas para ser inundado novamente? É desolador.’
A menos de 2 km dali, perto do encontro entre os rios Taquari e Guaporé, a EMEF Castelo Branco estava se recuperando das inundações de setembro. As obras de reconstrução haviam sido concluídas há pouco tempo, quando as águas invadiram o local novamente. ‘Quando a tragédia começou, 18 alunos estavam na escola. Os mais velhos, com lágrimas nos olhos, ajudaram a salvar algumas coisas. Duas meninas locais correram para resgatar seus cadernos’, relata a diretora Ana Luísa Bettinelli.
‘A dor nos ensinou’, como afirmaram os professores após as inundações de 2023. Ninguém esperava tamanha devastação. Desta vez, todos se mobilizaram para salvar o que podiam antes que as águas subissem novamente. Alice, diretora da EMEI Família Feliz, lembra que, ao primeiro sinal de chuva forte, correu para a escola, mesmo estando no 8º mês de gestação. Juntamente com os funcionários, tentaram proteger cadeirinhas de alimentação, livros e objetos menores.
‘Agora, conseguimos chamar um caminhão e salvar parte do material e os objetos adquiridos com rifas. Mas a pintura, a estrutura… tudo foi devastado. Será necessário maquinário para remover todo o lodo. Uma parte de nós foi destruída’, lamenta Alice.
Na Castelo Branco, a estratégia foi semelhante: retirar tudo o que fosse possível da escola. O mobiliário e objetos restantes foram levados para o segundo piso, na esperança de que a água não subisse tanto. Infelizmente, o desastre foi maior do que o esperado, deixando apenas o telhado acima da água.
‘Perdemos armários, carteiras de madeira, datashows. Conseguimos salvar a impressora, pelo menos, que havíamos perdido anteriormente’, revela Ana Luísa. A incerteza paira sobre o retorno das crianças, com o medo de que a situação se repita. Em setembro do ano passado, antes das inundações, 83 alunos estavam matriculados, mas agora, a incerteza paira sobre o futuro da escola.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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