Alunos temem atraso no diploma e defasagem de conteúdos no Enem. Interrupção de serviços estudantis prejudica os mais pobres.
Muitos estudantes das 51 universidades e de 79 institutos federais agora analisam de perto quais serão os efeitos da paralisação de professores e técnicos deflagrada nessas instituições.
A greve dos docentes e servidores técnicos está levando a um movimento grevista nunca antes visto, impactando diretamente a rotina e o calendário acadêmico das instituições de ensino.
Estudantes Lidam com Consequências da Greve nas Instituições de Ensino
Mesmo compreendendo as reivindicações dos funcionários, preocupações dos estudantes estão em alta. Entre elas, a perda de conteúdo pedagógico, calendário apertado pós-greve e incerteza sobre a formatura. A demora em receber diplomas pode afetar os processos seletivos para universidades como o Sisu e o Prouni. Além disso, a paralisação dos restaurantes/bandejões universitários gera insegurança alimentar entre os alunos.
A paralisação também afeta os projetos de pesquisa e a concessão de novos auxílios estudantis. Há o medo de evasão entre alunos mais vulneráveis, caso a greve se prolongue por muito tempo. Os impactos variam de acordo com a adesão ao movimento grevista em cada instituição.
Situação na Universidade Federal Fluminense (UFF)
Na UFF, enquanto todos os docentes seguem trabalhando, o restaurante universitário enfrentou um fechamento temporário. A estudante Luísa Cattabriga expressa sua dificuldade ao lidar com a mudança, destacando o impacto financeiro no seu dia a dia. A falta de empatia com a situação dos estudantes é uma preocupação comum neste contexto.
A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella, destaca a importância de atenção aos alunos mais vulneráveis e a necessidade de retorno das atividades universitárias. A reforma completa é defendida, mas é crucial a consideração pelo bem-estar dos estudantes em meio à greve.
Reivindicações dos Grevistas e Falta de Resultados nas Negociações
O movimento de paralisação iniciado em março ganhou força devido à falta de avanços nas negociações com o governo federal. Os grevistas buscam reajuste salarial e aumento no orçamento da educação. A espera por uma proposta satisfatória levanta preocupações quanto à continuidade da greve e seus impactos nos diferentes setores das instituições de ensino.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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