Medalhista brasileiro perdeu um rim; nefrologista destaca cuidados extras; desafio maior para o campeão olímpico na cerimônia de abertura.
Isaquias Queiroz, o dono de quatro medalhas olímpicas, é um exemplo de superação e determinação. Mesmo com apenas um rim, Isaquias se tornou o primeiro medalhista brasileiro de canoagem, mostrando sua força e talento nas águas. Desde criança, Isaquias Queiroz, de 30 anos, natural de Ubaitaba, sempre demonstrou sua paixão pelo esporte e sua vontade de vencer.
O atleta Isaquias Queiroz enfrentou inúmeras adversidades ao longo de sua jornada, mas nunca desistiu de seus sonhos. Como um competidor nato, ele provou que a determinação e a dedicação podem superar qualquer obstáculo. Isaquias Queiroz é um verdadeiro exemplo de inspiração para todos aqueles que buscam alcançar o sucesso, independentemente dos desafios que a vida possa apresentar.
Isaquias Queiroz: Um Campeão Brasileiro de Canoagem
Uma das maiores dificuldades lhe ocorreu aos 10 anos, quando subiu em uma árvore para conferir uma serpente morta, caiu de costas sobre uma pedra e feriu um dos rins, que precisou ser retirado. No entanto, um rim a menos não impediu que Isaquias se tornasse o primeiro medalhista brasileiro olímpico na canoagem, dono de quatro medalhas olímpicas, alcançando ainda o título de primeiro brasileiro a conquistar três medalhas numa única edição dos Jogos, na Rio-2016.
Isaquias Queiroz nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, ele conquistou a medalha de prata no C1 1000m da canoagem velocidade. Foto: Divulgação/William Lucas/COB
Isaquias Queiroz e Raquel Kochhann serão os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, desfilando pelo rio Sena como porta-bandeira ao lado de Raquel Kochhann, do rugby. Em conversa com o Terra Você, o atleta conta que, apesar das adversidades que precisou enfrentar durante sua jornada, não ter um rim há duas décadas está longe de ser o maior desafio da sua vida.
‘Não dá para definir um desafio ou outro, o importante é que eu busco vencê-los sempre, acho que o maior desafio é superar os meus próprios limites, pra mim esse sempre será o mais desafiador’, destaca Isaquias Queiroz, atleta olímpico da canoagem.
Acompanhado de perto pelo técnico da Seleção Brasileira Olímpica de Canoagem, Lauro de Souza Junior, o competidor explica como lida com a pressão de competir em nível alto, especialmente quando se carrega muitas expectativas para o país.
‘O importante é que eu busco vencê-los sempre, acho que o maior desafio é superar os meus próprios limites, pra mim esse sempre será o mais desafiador’, ressalta Isaquias.
O atleta ainda revela uma dieta ‘especial’ que o ajuda na preparação para as provas durante as competições: ‘A nutrição é sempre a comida caseira feita pela minha esposa, essa é a melhor nutrição que um atleta pode ter.’
O baiano já havia revelado em entrevistas que Paris seria sua última participação como atleta nos Jogos Olímpicos, mas os planos mudaram e Isaquias ainda almeja competir nos Jogos Olímpicos de Verão em Los Angeles, em 2028.
‘Vou dar uma descansadinha depois dos Jogos Olímpicos, curtir mais minha família, viajar e depois me preparar para o próximo ciclo olímpico’, garante.
O médico nefrologista e presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, José A. Moura Neto, garante que desde que sejam tomados alguns cuidados, é possível ter uma vida relativamente normal com um rim só. Atletas precisam de cuidados adicionais para garantir um desempenho de alto nível e superar as dificuldades que surgem no caminho.
Fonte: @ Terra
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