O país enfrenta um problema peculiar com jovens que se isolam em quartos minúsculos, cortando a comunicação com o mundo.
Há alguns dias, ‘Jin Young-hae’, uma mãe sul-coreana compartilhou com a BBC, sob condição de anonimato, o que a motivou a — de maneira totalmente voluntária — usar um macacão azul e passar longas horas isolada em uma cela minúscula, não muito maior que um armário, e na qual não tinha companhia, celular ou computador. Sozinha, com seus pensamentos.
Em meio ao isolamento solitário, ‘Jin Young-hae’ encontrou um espaço para refletir sobre sua vida e suas escolhas. Mesmo diante do confinamento forçado, ela descobriu uma nova forma de se conectar consigo mesma, valorizando a importância do tempo a sós e da autodescoberta em momentos de isolamento.
Explorando o Isolamento Voluntário em uma Prisão Peculiar
A única conexão com o mundo exterior em sua peculiar prisão era um pequeno buraco na porta, por onde ocasionalmente sua comida era entregue. A palavra-chave para explicar essa situação é ‘hikikomori’. Fobia social, sintomas e possíveis curas são discutidos em paralelo.
Jin, uma mãe sul-coreana, fez uma escolha incomum ao se isolar do mundo. No entanto, ela não está sozinha nessa decisão na Coreia do Sul. Outros indivíduos optaram pelo confinamento voluntário, compartilhando duas características essenciais: são pais de jovens adultos e participam de um programa especial que os mantém em celas de isolamento por um curto período.
Dentro desses quartos minúsculos, Jin e os demais participantes são privados até mesmo de seus celulares. Mas por que essa restrição? A resposta está em compreender melhor seus filhos. Jin e Park Han1-sil, outra mãe sul-coreana, estão nessa jornada para entender seus filhos que optaram pelo isolamento social.
Park tem um filho de 26 anos que cortou toda comunicação com o mundo há sete anos, enquanto Jin enfrenta desafios semelhantes com seu filho de 24 anos. Ambas buscam melhorar a comunicação com seus filhos através desse isolamento voluntário, tentando se colocar em seus lugares de forma extrema.
Após o período de confinamento, Jin afirma ter ganhado ‘alguma clareza’ sobre a situação, enquanto Park reconhece a importância de aceitar a vida de seus filhos sem impor padrões. A experiência de confinamento não foi uma decisão impulsiva, mas sim parte de um programa educacional especial financiado por organizações locais.
O objetivo desse programa é auxiliar os pais a melhorar a comunicação com seus filhos, incluindo um período de três dias em salas que reproduzem celas de isolamento. Essa abordagem peculiar visa proporcionar insights valiosos sobre o isolamento e a importância da comunicação na relação familiar.
Reflexões sobre o Isolamento Voluntário e a Compreensão Familiar
Isolamento, voluntário, confinamento – palavras que ecoam nas mentes de Jin, Park e outros pais sul-coreanos que optaram por uma experiência peculiar. Em um ambiente de quartos minúsculos e comunicação limitada, eles buscam compreender melhor seus filhos que escolheram se isolar do mundo.
A jornada de Jin e Park no confinamento voluntário revela insights profundos sobre a necessidade de aceitação e comunicação na relação familiar. Ao se colocarem no lugar de seus filhos, elas enfrentam desafios emocionais e buscam ferramentas para fortalecer os laços familiares.
A palavra-chave ‘hikikomori’ ressoa nesse contexto de isolamento e busca por compreensão mútua. A experiência de confinamento não é apenas uma decisão individual, mas parte de um programa especial que visa promover a empatia e a comunicação entre pais e filhos.
Ao final desse período de isolamento, Jin e Park emergem com uma nova perspectiva sobre a situação de seus filhos. A clareza obtida durante o confinamento os ajuda a enfrentar os desafios da fobia social e a fortalecer os laços familiares. A importância da comunicação e da aceitação se torna evidente nessa jornada de autoconhecimento e compreensão mútua.
Fonte: @ Minha Vida
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