Presidente negociou com reitores de universidades federais no Palácio. Servidores em greve pedem benefícios e flexibilidade.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou um apelo aos reitores de universidades e institutos federais nesta segunda-feira (10) em relação às greves. Durante sua fala no Palácio do Planalto, o líder petista destacou a importância de buscar soluções que evitem prolongamentos excessivos nas paralisações, visando o bem-estar de todos os envolvidos.
Em um contexto de diálogo e negociação, Lula ressaltou a necessidade de encontrar meios para evitar que as greves se estendam por longos períodos, buscando alternativas que possam conciliar os interesses das partes envolvidas. A busca por soluções que atendam às demandas dos servidores sem prejudicar o funcionamento das instituições é essencial para o desenvolvimento de um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
Discussão sobre a Greve na Educação Federal
Nesse caso da educação, ao analisar o conjunto da obra, é possível perceber que a paralisação não tem razões tão sólidas para perdurar como está. Não são apenas o Lula ou o reitor que estão sendo afetados, mas sim o Brasil e os estudantes brasileiros. Esse aspecto deve ser levado em consideração. Não é somente por questões salariais mínimas que se deve passar a vida inteira em greve. É importante considerar também os outros benefícios envolvidos, como ressaltou Lula em seu pronunciamento aos reitores.
Desde abril, várias categorias ligadas ao ensino federal decidiram aderir à greve. Em algumas instituições, tanto professores quanto técnicos-administrativos estão participando dos movimentos, enquanto em outros casos, apenas um dos grupos está paralisado. Atualmente, ao menos 53 universidades federais e 51 institutos estão em greve.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) aponta uma defasagem de 22,71% nos salários dos professores, acumulada desde 2016. Recentemente, o presidente da República elogiou os esforços da ministra da Gestão, Esther Dweck, nas negociações com os grevistas, destacando a disponibilização de recursos significativos para as categorias.
Lula, que possui uma trajetória sindical em São Paulo, garantiu que ninguém será punido devido à greve. Ele foi eleito para o terceiro mandato com a proposta de valorizar o ensino público. Em seu pronunciamento no Palácio do Planalto, enfatizou que a greve deve ter um início e um fim definidos, evitando que se prolongue indefinidamente.
O ministro da Educação, Camilo Santana, também se posicionou a favor do término da greve, ressaltando a importância do diálogo contínuo. Ele mencionou o reajuste de 9% aos servidores federais em 2023 e a complexidade de recompor perdas de gestões passadas em um curto período. A reitora da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Andifes, Márcia Abrahão, reforçou a necessidade de encontrar soluções flexíveis para encerrar o impasse e retomar as atividades acadêmicas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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