Encontros em São Gabriel da Cachoeira, Belo Horizonte e São Paulo com povos indígenas sobre educação, diversidade, inclusão e trabalho.
O Ministério da Educação (MEC) – através da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) – promoveu recentemente uma série de reuniões para discutir a criação da Universidade Indígena. Durante os eventos, participaram estudantes, docentes e representantes indígenas interessados no desenvolvimento desse projeto inovador.
A implementação da Universidade Indígena é um passo importante para fortalecer o Ensino Superior Indígena no Brasil. A participação ativa dos povos originários nesse processo é fundamental para garantir a valorização da cultura e conhecimentos tradicionais. A criação da Universidade Indígena representa um marco na história da educação no país, proporcionando oportunidades únicas de aprendizado e crescimento para as comunidades indígenas.
Universidade Indígena: Seminários de Escuta e Participação
Os encontros recentes ocorreram em São Gabriel da Cachoeira (AM) em 29 de julho, Belo Horizontes (MG) em 1° de agosto e São Paulo (SP) em 2 de agosto. A proposta dos seminários é promover uma escuta ativa com os povos originários do Brasil acerca da criação da instituição de Ensino Superior Indígena, buscando coletar subsídios para assegurar uma Universidade Indígena autêntica e representativa da rica cultura indígena. Essa iniciativa integra as atividades do Grupo de Trabalho (GT) designado pela Portaria n° 350/2024.
Os seminários foram organizados em colaboração com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Ministério dos Povos Indígenas (MPI). De acordo com a Funai, o Brasil conta atualmente com 305 povos indígenas, sendo a inclusão da Educação Indígena nas políticas públicas do país uma reivindicação histórica dos povos originários.
Esses eventos representam o sétimo, oitavo e nono encontros de uma série de seminários que o Ministério da Educação (MEC) realizará ao longo de aproximadamente dois meses, com o intuito de ouvir as demandas dos povos originários. Ao todo, o MEC visitará 12 estados brasileiros para consultar essa parcela significativa da população.
O primeiro encontro teve lugar em Salvador (BA) em 5 de julho; o segundo em Campo Grande (MT) em 11 de julho; o terceiro em Recife (PE) em 15 de julho; o quarto em Fortaleza (CE) em 16 de julho; o quinto em Manaus (AM) em 22 de julho; e o sexto em Tabatinga em 25 de julho. O próximo evento está agendado para Cuiabá (MT) em 8 de agosto, reunindo representantes de diversas instituições e dos povos indígenas locais.
A criação de Universidades Indígenas e outras instituições de Ensino Superior (multicampi ou polos) é uma antiga reivindicação dos povos originários. Por meio dessas instituições, eles teriam assegurada a gestão e os recursos necessários para sua participação em todas as etapas do processo de construção do projeto, com foco na presença ativa dos indígenas em sua estrutura institucional. Essa demanda foi apresentada nas Conferências Nacionais de Educação Escolar Indígena (Coneei) I e II, realizadas em 2009 e 2018, respectivamente.
Essas conferências representam os principais fóruns de consulta aos representantes dos povos indígenas e espaços para a proposição de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade da Educação Escolar Indígena em todas as esferas governamentais. A Assessoria de Comunicação Social do MEC compartilhou essas informações em conjunto com a Secadi e a Funai.
Fonte: © MEC GOV.br
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