O Comitê Olímpico Internacional anunciou a lista final de atletas classificados para as modalidades de provas. Alguns vilões são hipismo, tênis, natação e atletismo.
Desde o anúncio do programa de provas das Olimpíadas de Paris, divulgado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) há quase três anos, os organizadores dos Jogos se orgulham da previsão de igualdade entre mulheres e homens no número total de atletas.
Com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a expectativa é de que a competição seja um marco na história do esporte, reunindo atletas de diversas nacionalidades em busca da glória olímpica.
Olimpíadas de Paris: Equidade de Gênero nos Jogos Olímpicos
Seria um fato inédito, mas uma análise nas listas de atletas classificados mostra que isso não deve acontecer nos Jogos Olímpicos de Paris, como era esperado: haverá mais de 100 homens a mais que mulheres, podendo chegar até 200. Isso porque o hipismo, esporte em que homens e mulheres têm igualdade de condições, terá muito mais atletas do sexo masculino. Tênis, atletismo e natação também não conseguiram igualar os números. A lista final de atletas só será divulgada pelo Comitê Olímpico Internacional no dia 26 de julho, podendo haver mudanças. Mas muitas modalidades já anunciaram todos os competidores.
Na lista inicial das vagas olímpicas disponíveis, divulgada há três anos pelo COI, havia uma equidade de homens e mulheres. Nela, algumas modalidades tinham mais homens – wrestling, futebol e polo aquático – mas esses números eram balanceados por conta de duas modalidades: ginástica rítmica, que é exclusivamente feminina, e nado artístico, que este ano abriu pela primeira vez para a participação masculina, mas não teve até o momento homens classificados. Porém, algumas questões no hipismo, atletismo, natação e tênis colocam maior número de homens classificados.
Vale lembrar que, mesmo que tenham mais homens que mulheres, essa Olimpíada já é a mais perto da igualdade da história. Na última edição, em Tóquio, o número oficial foi de 11.319 atletas (maior que o esperado devido aos acréscimos de vaga nos esportes coletivos por conta da Covid 19): 5.910 homens e 5.409 mulheres. Diferença de 501 atletas, bem mais dos cerca de 150 atuais. E na delegação brasileira, o resultado é inverso: a maioria é feminina, com 153 representantes entre os 276 classificados, 55% do número total (para efeito de comparação, o índice foi de 47% em Tóquio, há três anos). As vagas.
A primeira questão é o hipismo. Ao todo, são 200 vagas para atletas, mas algumas delegações ainda não divulgaram os números finais. Nessa modalidade, homens e mulheres competem em igualdade de condições, ou seja, pelas mesmas vagas e medalhas. Assim, não existem provas masculinas de hipismo, nem provas femininas. Todas são abertas aos dois gêneros. Em levantamento do ge, serão cerca de 60 homens a mais que mulheres nesta modalidade. As duas modalidades com maior número de atletas, natação e atletismo, sofreram para igualar os gêneros. Por conta de cotas destinadas a países que não têm atletas com índices, as chamadas vagas de universalidade, esses dois esportes terão mais homens que mulheres – essas vagas são preenchidas a critério dos comitês nacionais, sem obrigação de convocação de um ou outro gênero. O mesmo levantamento do ge aponta 21 homens a mais no atletismo e 69 a mais na natação. Aqui vale relembrar que a lista final só será divulgada e oficializada dia 26 de julho. No tênis, as vagas ainda estão sendo distribuídas, pois há muitas desistências de atletas bem colocados no ranking. Neste momento, há.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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