Devido às diferenças fisiológicas, mulheres precisam de cuidados específicos em atividades físicas e alimentação (fisiologista). Novas pesquisas sobre saúde feminina por agências federais (saúde ideal, sintomas). Misóginas atitudes em estágios de vida ignoram esses cuidados (fisiologia, saúde).
Enquanto a saúde reprodutiva continua sendo um tema crucial nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024, uma ordem executiva recentemente assinada pelo presidente Joe Biden para aprimorar a pesquisa em saúde das mulheres tem sido destaque. A diretriz de 18 de março se destaca pelo seu propósito de integrar a saúde das mulheres em agências federais e estimular novas pesquisas.
Essa iniciativa demonstra um compromisso renovado com o bem-estar feminino e a importância de priorizar a saúde das mulheres em todos os níveis do governo. A integração da pesquisa em saúde das mulheres pode resultar em avanços significativos no entendimento do corpo feminino e promover melhores políticas de saúde para todas as mulheres, refletindo um passo importante em direção à equidade de gênero no setor da saúde.
Garantindo Saúde Ideal para Mulheres: A Importância da Pesquisa Feminina
O momento não poderia ser mais oportuno. Durante séculos, pesquisadores médicos concentraram seus estudos principalmente em homens, deixando de lado ou ignorando as diferenças sexuais e extrapolando seus resultados para as mulheres. No entanto, as mulheres são únicas fisiologicamente, com marcos distintos como o início da menstruação na puberdade feminina e a presença de dois cromossomos X. Isso resultou em conselhos médicos frequentemente incompletos, inadequados e por vezes prejudiciais.
Essa lacuna na pesquisa, causada por preconceitos sexuais e de gênero, levou Stacy Sims, fisiologista do exercício e cientista da nutrição da Nova Zelândia, a dedicar sua carreira ao estudo de como as mulheres devem abordar alimentação e exercícios para alcançar a saúde ideal. Em suas palavras, ‘Se trabalharmos com nossa fisiologia, reconhecendo a singularidade do corpo feminino, imagine os resultados em termos de saúde.’
A importância dessa pesquisa baseada em mulheres é evidente em várias áreas de saúde, incluindo a prevenção de problemas cardíacos. Estudos demonstram que as mulheres têm quase o dobro de chances de morrer de ataques cardíacos em comparação aos homens e relatam uma variedade maior de sintomas associados a problemas coronários agudos. No entanto, por muito tempo, as recomendações médicas não diferenciavam os sintomas de ataque cardíaco entre homens e mulheres, refletindo a escassez de estudos focados no gênero feminino.
Apesar dos esforços de algumas agências federais em promover mais pesquisas incluindo mulheres, ainda há desafios. Atitudes misóginas persistem, e o estudo bibliométrico revela que a maioria das pesquisas médicas não analisou os dados por sexo, limitando a eficácia e a relevância desses estudos. Stacy Sims, autora do livro ‘Roar’, destaca as diferentes necessidades femininas em relação ao exercício e nutrição em diversas fases da vida, ressaltando a importância de abordagens personalizadas para as mulheres.
Em uma entrevista à CNN, Sims compartilhou sua frustração com a sub-representação das mulheres na pesquisa médica em 2024, enfatizando a exclusão histórica das mulheres no desenvolvimento científico. Ainda hoje, a luta pela igualdade de gênero na pesquisa médica continua, e é crucial que as mulheres sejam devidamente consideradas em estudos de saúde para que recebam o cuidado adequado e personalizado que merecem.
Fonte: © CNN Brasil
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