Instituições financeiras consultadas indicam crescimento da economia e inflação, impactadas por chuvas no Rio Grande do Sul.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, principal indicador de crescimento econômico registrou um aumento de 0,8% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o último trimestre de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No segundo trimestre de 2024, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) continue a mostrar sinais de recuperação, impulsionado por setores-chave da economia. A análise detalhada do desempenho do PIB revelará mais insights sobre a trajetória econômica do país nos próximos meses.
PIB: Produto Interno Bruto e o Crescimento da Economia
O número divulgado, levemente acima da mediana das expectativas das instituições financeiras e consultorias consultadas, indicava um crescimento de 0,7% do PIB. No entanto, analistas alertam para a necessidade de cautela diante desse cenário. Um ponto de atenção relevante, segundo especialistas, é o setor agropecuário, que registrou um crescimento de 11,6% no primeiro trimestre em relação ao trimestre anterior.
Apesar do desempenho positivo da agricultura, ainda pairam incertezas sobre os impactos da crise climática no Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do setor agropecuário do país. As chuvas intensas na região não apenas têm consequências humanitárias desastrosas, mas também afetam a economia, exigindo mais gastos do governo para a reconstrução e podendo gerar pressões inflacionárias.
A projeção de crescimento do setor agropecuário para 2024 é de 2,2%, mantendo-se alinhada com as expectativas. No entanto, a incerteza persiste quanto aos impactos mais amplos dessa crise na economia brasileira, especialmente considerando a importância estratégica do Rio Grande do Sul no contexto do Mercosul.
André Perfeito, economista, destaca a força do setor agropecuário, mas ressalta a necessidade de considerar os desdobramentos da situação no Rio Grande do Sul. Ele também aponta para o crescimento do setor de serviços do consumo das famílias, que registrou altas significativas, gerando preocupações sobre possíveis pressões inflacionárias futuras.
Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Way Investimentos, enfatiza a importância de analisar o crescimento dos serviços e do consumo das famílias, que apresentaram resultados positivos. No entanto, ele alerta para a possibilidade de pressões inflacionárias, especialmente no setor de serviços, que demandam atenção.
Gilvan Bueno, especialista em finanças, atribui o bom desempenho do setor a variáveis como o mercado de trabalho aquecido, a redução da Selic, a inflação controlada e os programas governamentais de auxílio. Apesar dos resultados positivos, existem preocupações sobre os desdobramentos futuros, especialmente no que diz respeito às pressões inflacionárias e à sustentabilidade desse cenário de crescimento.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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