Prédios corporativos sustentáveis em terreno de 120 mil m² com placas solares, iluminação LED e carregadores de carros elétricos seguem tendência global de reduzir rastros negativos.
O E-business Park, localizado na zona oeste de São Paulo (SP), é um exemplo de empreendimento que visa a sustentabilidade em suas ações. Com um terreno de 120 mil m², o projeto busca promover práticas conscientes em meio a uma das metrópoles mais movimentadas do país.
Além de contribuir para a preservação do meio ambiente, o E-business Park também se destaca por suas iniciativas ESG e pela construção de edifícios sustentáveis. Essas medidas não apenas beneficiam a natureza, mas também promovem um ambiente mais saudável e equilibrado para as pessoas que frequentam o local. A busca pela sustentabilidade é uma tendência crescente no mercado imobiliário, refletindo a preocupação cada vez maior com o futuro do planeta.
Complexo empresarial prioriza sustentabilidade em edifícios sustentáveis
O complexo empresarial que reúne mais de 30 escritórios de empresas nacionais e multinacionais deu início à instalação de placas de energia solar, promete ter 100% de energia elétrica limpa até 2024 e possui a meta de ser carbono zero até 2030. Fruto de um retrofit realizado há cerca de 20 anos, o edifício tem a sustentabilidade como um de seus pilares.
Entre as iniciativas do edifício estão sistemas de iluminação em LED, carregadores de carros elétricos e coletas seletivas de resíduos. Além disso, o empreendimento possui quase 3 mil árvores catalogadas, entre espécies nativas e exóticas, em uma área verde de 30 mil m². ‘Quando começamos o projeto, falava-se pouco de preocupação com o meio ambiente. O conceito de ESG surgiu recentemente.
Porém, nós já tínhamos essa atenção. Desde a forma como o ar condicionado seria utilizado até a cor da fachada, para evitar o desperdício de energia’, garante Sidney Angulo, diretor do E-business Park. ‘Hoje, percebo várias empresas brasileiras com essa preocupação. Antes eram só empresas estrangeiras’.
Tendência do mercado corporativo global em edifícios sustentáveis
Sidney Angulo, diretor do complexo empresarial E-business Park, destaca a mudança de comportamento das empresas brasileiras em relação às demandas ESG. A preocupação com o meio ambiente e as iniciativas sustentáveis estão se tornando mais presentes, alinhadas com uma tendência do mercado corporativo global em diminuir os rastros negativos que o setor imobiliário gera para o planeta.
De acordo com a iniciativa Architecture 2030, este ecossistema é responsável por 42% das emissões de carbono relacionadas à energia. Não à toa, grandes empresas multinacionais já assumiram o compromisso de ocupar apenas edifícios com zero emissão de carbono até 2030.
Certificação LEED: Qualidade do ar interior e sustentabilidade
Desenvolvida pelo US Green Building Council (USGBC), a Certificação LEED é um sistema global de classificação para edifícios sustentáveis. Para receber a qualificação, os prédios precisam atender determinados critérios, de acordo com a categoria em que eles se enquadram. Entre os aspectos observados estão eficiência energética, materiais e recursos utilizados na construção e a qualidade do ar interior.
Empresas como a Lotus Prime, que construiu um prédio corporativo de 5 mil m² nas margens do Lago Paranoá, em Brasília (DF), buscam duas certificações LEED para atestar seu compromisso com a sustentabilidade. Iniciativas como energia fotovoltaica, fornecedores locais e políticas de governança reforçam a importância do engajamento em práticas ESG para empresas em busca de serem referência no mercado.
Desafios e avanços no conceito de sustentabilidade e governança
A sigla ESG (Environmental, Social e Governance) é fundamental para indicar a preocupação de uma organização com as demandas sociais, sustentáveis e de governança do mundo atual. Contudo, muitas empresas que se autodenominam ESG acabam focando apenas nas questões ambientais.
Segundo Paula Casarini, CEO da Colliers, o desafio é ir além da certificação ambiental e abranger aspectos sociais e de governança. A tendência do mercado imobiliário é direcionar esforços para se adequar às práticas sustentáveis, ocupando um lugar de destaque na promoção de edifícios sustentáveis e eficientes.
Fonte: © Estadão Imóveis
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