Técnicos-administrativos de institutos federais e outras unidades de ensino federal encerraram paralisação. Professores de universidades federais analisam propostas.
Docentes da rede federal de ensino básico e técnico concordaram neste sábado (22) com uma oferta de aumento salarial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e optaram por encerrar a paralisação nacional nos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs), que vinha acontecendo desde abril.
A decisão de pôr fim à greve foi tomada após intensas negociações entre o sindicato dos professores e representantes do governo. A paralisação trouxe desafios para o calendário acadêmico, mas agora as atividades devem ser retomadas gradualmente nos IFs em todo o país.
Greve nos Institutos Federais e Universidades Federais
O término da paralisação também foi aprovado pelos servidores técnicos-administrativos que fazem parte dos IFs e outras instituições de ensino básico, técnico e tecnológico mantidas pelo governo federal, incluindo os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) do Rio de Janeiro e de Minas Gerais; e o Colégio Pedro II. A decisão foi tomada durante uma assembleia do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
De acordo com o Sinasefe, as propostas de reajuste para as duas categorias foram aprovadas por 89 votos a 15. O sindicato informou que a greve dos professores e dos técnicos será suspensa imediatamente após a assinatura dos acordos com o Ministério da Gestão e Inovação, embora ainda não haja uma data definida para esse evento. Além dos IFs, as universidades federais também estão enfrentando greves por parte de professores e técnicos-administrativos.
O governo já apresentou suas propostas às categorias, que estão atualmente analisando e negociando os termos. Há uma expectativa de que os docentes das universidades se manifestem ainda neste domingo (23), por meio do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN). Enquanto isso, os técnicos ligados às instituições federais de ensino superior decidiram, na sexta-feira (21), manter a greve e iniciar uma nova rodada de negociações das propostas com o governo federal.
As propostas aceitas pelos técnicos-administrativos do ensino básico incluem dois reajustes salariais: 9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026. Além disso, há um compromisso de melhorias em relação às remunerações por progressão de carreira. A proposta também contempla a criação, em 2026, do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), um benefício que permite a remuneração dos profissionais com base em suas titulações acadêmicas.
Para os professores do ensino básico, técnico e tecnológico da rede federal, a proposta de acordo do governo também prevê reajustes em 2025 e 2026, com percentuais diferenciados para cada classe profissional. O acordo proposto pelo governo ainda inclui a revogação de uma portaria, emitida em 2020, que aumentou a carga horária mínima semanal para os professores das instituições de ensino básico, técnico e tecnológico.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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