Sindicato rejeitou proposta de reestruturação como decepcionante, com menor interstício para servidores técnico-administrativos.
O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (19), o plano de reajuste na carreira dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais. A proposta visa atender às demandas das categorias, que estão em greve em diversas regiões do país.
Esse ajuste salarial é uma medida importante para promover a valorização dos profissionais do setor público e garantir melhores condições de trabalho. Além disso, o reajuste proposto pelo governo busca corrigir distorções salariais existentes e promover uma maior equidade no funcionalismo público.
Proposta de reestruturação inclui aumento nos benefícios e reajuste salarial
A proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) prevê um reajuste de 9% para os servidores a partir de janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. Além disso, a proposta inclui a verticalização das carreiras, com uma matriz única com 19 padrões, e a diminuição do interstício da progressão por mérito de 18 para 12 meses.
Segundo informações do MGI, somando o aumento nos benefícios e o reajuste de 9% concedido no ano anterior, os técnicos teriam um reajuste médio global de mais de 20% para a carreira. Essa medida representa um avanço significativo na correção salarial dos servidores técnico-administrativos.
Insatisfação dos servidores com a proposta do governo
Os servidores técnico-administrativos da área de educação expressaram insatisfação com a proposta apresentada pelo governo federal. O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) classificou a proposta como ‘irrisória e decepcionante’, ressaltando a necessidade de uma reestruturação mais abrangente das carreiras.
As negociações envolvendo a recomposição salarial e a revisão das normas prejudiciais à educação federal aprovadas em governos anteriores têm sido pontos de destaque nas demandas dos servidores. O Sinasefe argumenta que a proposta de reajuste de 9% em 2025 e 3,5% em 2026 não atende às expectativas da categoria, mantendo um cenário de congelamento salarial para o ano de 2024.
A continuidade da greve entre os servidores da área de educação é uma possibilidade, uma vez que a proposta do governo não contempla as principais reivindicações dos trabalhadores. A decisão final será tomada após consulta às assembleias locais e discussão em plenária nacional.
Impacto da proposta nas carreiras dos servidores técnico-administrativos
A proposta de reestruturação apresentada pelo MGI tem gerado debate e mobilização entre os servidores técnico-administrativos. A expectativa de um reajuste salarial significativo, aliado à verticalização das carreiras e à redução do interstício de progressão, demonstra a importância desse momento para a categoria.
A necessidade de revisão das políticas salariais e de carreira, bem como a revogação de normas prejudiciais ao setor educacional, são pontos essenciais levantados pelo Sinasefe nas negociações com o governo. A proposta de aumento nos benefícios e a correção salarial são demandas urgentes para garantir a valorização e o reconhecimento dos servidores técnico-administrativos.
Em meio às discussões em torno do reajuste proposto e da reestruturação das carreiras, a atuação conjunta dos sindicatos e dos servidores é fundamental para garantir avanços significativos nas condições de trabalho e remuneração do setor público.
Fonte: © CNN Brasil
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