Em tempos de lotação de hospitais, saber quando uma visita ameaça mais aos bebês e crianças do que os beneficia: mudanças em temperatura, incidência de doenças respiratórias, necessidade de triagem, sinais de alerta, médicos calculam visitas desnecessárias; superlotação de unidades de saúde afecta atendimento a crianças sem necessidade.
A cada ano, quando o outono se aproxima, aumentam as idas às saídas ao pronto-socorro. Isso ocorre devido às variações de temperatura, que contribuem para o aumento de casos de doenças respiratórias em crianças, resultando em sintomas como tosse, coriza e febre.
Além das saídas ao pronto-socorro, as mudanças climáticas também podem levar a um aumento nas hospitalizações . É importante estar atento aos sinais de alerta e buscar ajuda médica quando necessário, para evitar complicações e garantir a saúde das crianças durante essa estação desafiadora.
Sinais de Alerta para Busca de Atendimento Médico na Emergência
Mas, afinal, como reconhecer quando é preciso buscar atendimento médico no pronto-socorro? Pediatras salientam que visitas desnecessárias ao hospital podem acarretar riscos para as crianças, aumentando a exposição a micro-organismos e contribuindo para a superlotação das unidades de saúde. É estimado que mais da metade das idas de crianças ao pronto-socorro não sejam essenciais. Portanto, é fundamental estar atento aos sinais de alerta que justificam a ida ao pronto-socorro, como febre persistente.
Sinais de Alerta e Prevenção de Hospitalizações
Para ajudar a discernir entre uma urgência e algo que pode ser monitorado em casa, especialistas destacam os seguintes sinais de alerta: febre persistente por mais de três dias mesmo com medicamentos antitérmicos, falta de ar, dor abdominal intensa, vômito persistente, manchas avermelhadas, entre outros. Em casos de quedas, é importante avaliar se o atendimento médico é necessário, principalmente se houver vômito após a queda.
Impacto das Mudanças na Saúde Pediátrica e Recomendações Médicas
Segundo Thais de Mello Cesar Bernardi, especialista pediátrica, é aconselhável primeiro contatar o pediatra que acompanha a criança antes de recorrer ao pronto-socorro. Esse procedimento pode minimizar a superlotação nos serviços de saúde e proteger a criança de possíveis riscos. Thales Oliveira, gerente médico do Pronto-Socorro do Hospital Infantil Sabará, recomenda a mesma abordagem, sugerindo que a procura pelo pediatra de confiança seja a primeira medida.
Estratégias para Reduzir Visitas Desnecessárias e Hospitalizações
Em meio ao aumento da incidência de doenças respiratórias, é essencial adotar medidas de prevenção e estar ciente dos sinais de alerta que demandam atendimento médico urgente. Evitar saídas ao pronto-socorro sem necessidade não só protege as crianças de possíveis infecções, mas também contribui para a eficiência dos serviços de saúde, diminuindo a superlotação e os tempos de espera por atendimento. Consultar o pediatra antes de ir ao pronto-socorro pode ser decisivo para a saúde e segurança das crianças.
Fonte: @ Estadão
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